Sábado, 16 de abril de 2011
Enquanto o FMI continua cantando de
galo em cima do Brasil, dando ordens, pressionando, e conseguindo, que o Brasil gere anualmente
superávit primário superior a 3% do PIB para exclusivamente pagar juros da
dívida, quem grita com o Fundo é a nossa vizinha Argentina. O diretor-geral do
FMI enquadrou a presidente brasileira e seus auxiliares na área financeira.
Por falar em superávit primário,
essa excrescência só existe no Brasil. Nenhum outro país do mundo adota essa
coisa, que só serve para extorquir dinheiro para pagamento de juros da dívida.
Lá na Argentina a coisa tem sido
bastante diferente, apesar da sua economia não chegar sequer ao tamanho da do
nosso estado de São Paulo. O FMI mandou que a presidente Cristina Kirchner desacelerasse
a economia argentina, pois o contrário traria a inflação. O governo argentino ontem mesmo
deu a resposta, rejeitando o argumento de que haveria um “superaquecimento” da
economia. Para o governo da presidente Kirchner o que os argentinos farão é “acelerar”.
Estão convencidos, e corretamente, de que é preciso acelerar, não brecar a
economia.
Que o Brasil é melhor do que os
argentinos no futebol, ninguém tem dúvida, mas que os governantes recentes de
lá são melhores do que os nossos, também não há dúvida.
Há alguns anos a argentina se viu
livre, unilateralmente, de mais de 70% da dívida externa que lhe impunham. Ela
questionou os valores e derrubou sua dívida. E os banqueiros o que fizeram?
Iniciaram uma chiada geral, mas depois ficaram pianinhos. Até porque saíram no
lucro, apesar de deixarem de ganhar tanto quanto vinham ganhando.
O Brasil pagará, em 2011, juros e encargos, amortização e rolagem da dívida valor superior a R$953 bilhões (bilhões, isso
mesmo) aos rentistas, aos banqueiros. É uma mãe para os banqueiros.