Terça, 13 de setembro de 2011
Da CLDF
O crescente assoreamento do Lago Paranoá precisa ser combatido pelas
autoridades do DF, como uma das prioridades ambientais. O alerta foi
feito por ambientalistas e técnicos de empresas públicas que
participaram na tarde desta segunda-feira (12) da audiência pública que a
Câmara Legislativa realizou no Plenário, para discutir a questão. A
iniciativa foi da deputada Liliane Roriz (PRTB), que também presidiu os
debates.
"A preservação do Lago Paranoá é um tema de muita importância para
todos nós que vivemos em Brasília. O assoreamento nos preocupa, pois não
podemos imaginar nossa cidade sem o lago. Em época de seca como agora, o
lago é ainda mais necessário para a nossa qualidade de vida", ressaltou
a distrital, defendendo políticas públicas para controle da bacia do
Paranoá.
A representante da ONG "Mão na Terra", Maia Terra Figueiredo,
condenou o processo de ocupação das áreas às margens do Lago Paranoá,
como um dos principais fatores que agravam o assoreamento, "que avança
cada vez mais". Criticou a criação do Setor Noroeste e lamentou também
que as pessoas geralmente só imaginam que exista o Lago Paranoá, sem ter
conhecimento de que ele pertence à bacia hidrográfica do Rio Paranoá.
O superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Caesb,
Maurício Ludovice, fez um relato histórico sobre a criação da represa do
Lago Paranoá, a fase de grande poluição no final dos anos 70 e os
esforços para a sua limpeza. "Eu diria que o lago é um paciente que
está recuperado, mas que precisa sempre de muita atenção", comparou, ao
garantir que a Caesb estuda iniciar a sua utilização no fornecimento de
água potável à população.
"A Agência Nacional de Águas (ANA) tem como uma de suas metas no DF
evitar a chegada de sedimentos ao lago, buscando sempre um
monitoramento da situação nos seus afluentes", garantiu o
superintendente daquela agência, Valdemar Guimarães Neto.