Sábado, 3 de março de 2012
MPF relembra 30 anos do assassinato do procurador da República Pedro Jorge
Pedro Jorge de Melo e Silva foi assassinado em março de 1982 a mando de envolvidos em um esquema de fraudes em empréstimos, o qual ele investigava
Nesta sexta-feira, 2 de março, várias unidades do MPF prestarão homenagem pelos 30 anos da morte do procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva. Às 18h40, a Procuradoria Geral da República e outras unidades farão um minuto de silêncio em homenagem ao procurador, assassinado em 3 de março de 1982.
O procurador Pedro Jorge, que atuava no caso de desvio de verbas públicas, foi assassinado em Olinda/PE. Ele investigava o caso conhecido como "Escândalo da Mandioca", que aconteceu entre 1979 e 1981, no município de Floresta, em Pernambuco, a 434 quilômetros da capital. O esquema envolveu mais de uma centena de pessoas, como o ex-deputado Vital Novaes e o ex-major José Ferreira dos Anjos, o gerente e alguns servidores da agência do Banco do Brasil naquele município, funcionários de cartórios, um técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Pernambuco (Emater-PE), agricultores, fazendeiros e políticos, entre outros que se beneficiaram do esquema fraudulento que desviou 1,5 bilhão de cruzeiros (cerca de R$ 20 milhões) dos cofres públicos.
O esquema funcionava por meio da realização de empréstimos para o plantio de mandioca. Segundo o valor dos financiamentos obtidos, junto ao Banco do Brasil, cerca de 140 mil hectares de mandioca teriam sido plantados, o que equivaleria a 80% de toda produção pernambucana na época. Os formulários de cadastros de empréstimos para produtores agrícolas eram falsificados.
Assinados os pedidos de financiamento e os títulos de crédito, eram feitos os pedidos de indenização, então cobertos pelo seguro agrícola do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária – Proagro (Lei n.º 5.969/1973), sob a alegação de que a seca destruíra os plantios, que, efetivamente, nunca foram feitos. O tenente da Polícia Militar, David Gomes Jurubeba, indignado com negativa ao seu pedido de financiamento, em carta enviada ao então presidente do Banco do Brasil, Osvaldo Collin, denunciou a “roubalheira” estabelecida em Floresta.
O procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva formalizou as denúncias nº 44/1981 e nº 02/1982 das fraudes, passando a ser alvo de pressões e ameaças, o que culminou com o seu assassinato em 3 de março de 1982.
O procurador Pedro Jorge, que atuava no caso de desvio de verbas públicas, foi assassinado em Olinda/PE. Ele investigava o caso conhecido como "Escândalo da Mandioca", que aconteceu entre 1979 e 1981, no município de Floresta, em Pernambuco, a 434 quilômetros da capital. O esquema envolveu mais de uma centena de pessoas, como o ex-deputado Vital Novaes e o ex-major José Ferreira dos Anjos, o gerente e alguns servidores da agência do Banco do Brasil naquele município, funcionários de cartórios, um técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Pernambuco (Emater-PE), agricultores, fazendeiros e políticos, entre outros que se beneficiaram do esquema fraudulento que desviou 1,5 bilhão de cruzeiros (cerca de R$ 20 milhões) dos cofres públicos.
O esquema funcionava por meio da realização de empréstimos para o plantio de mandioca. Segundo o valor dos financiamentos obtidos, junto ao Banco do Brasil, cerca de 140 mil hectares de mandioca teriam sido plantados, o que equivaleria a 80% de toda produção pernambucana na época. Os formulários de cadastros de empréstimos para produtores agrícolas eram falsificados.
Assinados os pedidos de financiamento e os títulos de crédito, eram feitos os pedidos de indenização, então cobertos pelo seguro agrícola do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária – Proagro (Lei n.º 5.969/1973), sob a alegação de que a seca destruíra os plantios, que, efetivamente, nunca foram feitos. O tenente da Polícia Militar, David Gomes Jurubeba, indignado com negativa ao seu pedido de financiamento, em carta enviada ao então presidente do Banco do Brasil, Osvaldo Collin, denunciou a “roubalheira” estabelecida em Floresta.
O procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva formalizou as denúncias nº 44/1981 e nº 02/1982 das fraudes, passando a ser alvo de pressões e ameaças, o que culminou com o seu assassinato em 3 de março de 1982.
*Com informações da PRR5, PR/PE e PR/SE
Fonte: MPF