Quinta, 14 de março de 2012
A Polícia Federal (PF) concluiu hoje (14) o inquérito
policial da Operação Monte Carlo, deflagrada há três semanas que
resultou na prisão de 20 pessoas ligadas à quadrilha que explorava
máquinas caça-níqueis e pagava propina para agentes públicos de
segurança. O chefe do grupo criminoso, o empresário Carlinhos Cachoeira,
e mais 81 pessoas foram indiciadas.
Segundo a PF, os indiciados responderão pelos crimes de corrupção
ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de
divisas, peculato, contrabando, formação de quadrilha e violação de
sigilo profissional, além da contravenção penal de exploração de jogo de
azar.
Cachoeira é acusado de comandar o jogo do bicho na Região
Centro-Oeste, em especial no estado de Goiás. As investigações,
iniciadas há 15 meses, apontam que o líder da quadrilha concedia a donos
de galpões clandestinos, localizados em cidades goianas, uma espécie de
“licença” de exploração dos pontos onde as máquinas eram instaladas.
Durante a operação, foram cumpridos 82 mandados judiciais, sendo 37
de busca e apreensão, além de 35 mandados de prisão e dez ordens de
condução coercitiva em cinco estados. Entre os servidores públicos
envolvidos, constam também dois policiais federais, um policial
rodoviário federal e um servidor da Justiça Estadual goiana. Todos
recebiam propina mensal ou semanal para favorecer a organização.
Até o momento, sete pessoas permanecem presas preventivamente, sendo
que três estão no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O
contador da quadrilha permanece foragido.
Fonte: Agência Brasil - Daniella Jinkings, repórter