Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ah, se eu fosse o Kassab. . .

Sexta, 9 de novembro de 2012
Por Edson Sombra
O PSD nasceu para ser grande. Vendeu sua imagem como a força do novo e ergueu a tal bandeira da independência, que na verdade encobre sua tendência ao “coringuismo”. E deu certo. Com pouco mais de um ano de vida, o partido de Gilberto Kassab já é tido como um dos maiores do Brasil.
 
Atraiu para seus quadros verdadeira salada ideológica. De extrema-direita aos mais esquerdistas, todos com espaço e liberdade para atuar. Foi a deixa que muitos precisavam para se desacorrentarem, respaldados pela lei eleitoral, dos partidos que os prendiam e passaram a desfrutar da sensação de pertencerem a uma sigla sem dogmas. Esse era o ideal de Kassab. Ou parece ser. ...
 
Mas a política é cruel. Com a derrocada na capital paulista da candidatura de seu aliado, José Serra (PSDB), o ainda prefeito de São Paulo teve de se mexer antes de deixar a cadeira. Decidiu declarar apoio ao eleito Fernando Haddad (PT) e ainda acenar com a possibilidade de embarque na base de Dilma no Congresso Nacional.
 
Apesar das discordâncias de alguns, era aceitável. Afinal, para esses, Dilma faz um governo pouco partidário. Assume a simpatia por nomes indigestos até para o partido que a elegeu, o de Lula, e não é tão rigorosa em exigir o companheirismo petista. Além do mais, é uma presidenta que tem o apoio da maioria da população brasileira. Tudo que o novato PSD precisa para justificar o mergulho de cabeça no projeto do atual governo federal.
 
Nessa onda nacional, o PSD do DF tenta surfar da mesma forma. O ex-governador Rogério Rosso, que ganhou de bandeja a presidência regional da legenda, sente-se quase uma versão kassabiana no cerrado do quadrilátero do DF. Com algumas gritantes diferenças.
 
Enquanto Kassab está no fim de seu mandato, e pelo jeito já à procura de uma cadeira para ocupar, Rosso já está fora do GDF há quase dois anos. E sem perspectiva de voltar. Kassab galga uma pasta forte no governo Dilma para oficializar o apoio ao mandato da primeira presidenta do Brasil. Rosso diz querer repetir no DF a aliança nacional e acena com a possibilidade de, em troca de algumas dezenas de cargos, embarcar no projeto sem norte do governo de Agnelo Queiroz (PT).   Leia a íntegra no Blog do Sombra