Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cristovam questiona contrato para limpeza urbana do DF

Sexta, 9 de novembro de 2012

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) questionou, nesta sexta-feira (9), a intenção do governo do Distrito Federal de substituir o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) por uma empresa privada. Em pronunciamento no Plenário, ele disse ter informação de que essa empresa ficaria encarregada de todo o ciclo do lixo, da varrição ao tratamento dos resíduos sólidos, pelo prazo de 30 anos, ao custo de R$ 13 bilhões.

O parlamentar advertiu que, em 30 anos, empresas podem quebrar e perguntou o que teria acontecido se contrato semelhante tivesse sido assinado pelo prazo de 30 anos com a Delta, empresa acusada de envolvimento em esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.

– As empresas sofrem problemas de continuidade.

Cristovam questionou a razão de não terem sido divulgados os estudos de viabilidade técnica e econômica da iniciativa, nem os anexos do edital do contrato.

Taxa de limpeza

O senador disse temer uma substancial elevação da Taxa de Limpeza Pública no DF. Segundo ele, o morador de Brasília terá provavelmente que aumentar sua contribuição ao serviço, para que o governo a repasse a uma empresa privada ao longo de 30 anos.

Cristovam questionou o governador Agnelo Queiroz sobre o cumprimento de seu compromisso de campanha de valorizar os servidores de carreira do Distrito Federal.

– O que ele vai fazer com os servidores do sistema de limpeza urbana? O que já foi feito e o que será feito para reestruturar e capacitar institucionalmente o sistema de limpeza urbana?

O senador levantou dúvidas também sobre a intenção de incluir no contrato o tratamento e a disposição final de todos os resíduos sólidos do serviço de saúde do DF. Se isso se concretizar, acrescentou, o contribuinte “pagará a conta” da destinação do lixo causado pelos hospitais privados.

Fonte: Agência Senado
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Comentário do Gama Livre: Lixo no Brasil sempre cheira mal, especialmente os "contratos". Aliás, não só o lixo, mas toda a privatização. Ops! Agora, dizem, não é mais privatização, mas parceria, concessão ou qualquer outro apelido da moda. Mas que é privatização, é. Que é lixo, é.