Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 29 de janeiro de 2017

Justiça trava primeiras deportações de Trump

Domingo, 29 de janeiro de 2017
Do Esquerda.Net
Milhares de pessoas protestaram em vários aeroportos dos EUA pela libertação das pessoas barradas à entrada no país. Dois juízes deram razão às queixas apresentadas e bloquearam as deportações.

29 de Janeiro de 2017

Protesto no aeroporto JFK pela libertação
dos passageiros barrados à
entrada nos EUA.
Os protestos começaram na tarde de sábado em Nova Iorque e alastraram a outros aeroportos onde tinham chegado entre 100 a 200 passageiros com visto de entrada nos EUA emitidos antes da ordem de Trump para proibir a entrada de pessoas de sete nacionalidades, independentemente de terem visto ou mesmo autorização de residência nos Estados Unidos.
As ações interpostas em tribunal por associações de defesa dos direitos civis em nome de alguns desses passageiros tiveram resposta positiva por parte de uma juíza em Nova Iorque e outro juíz em Alexandria.
O bloqueio judicial à ordem de Trump protege apenas estas 100 a 200 pessoas que já deram entrada nos EUA. A proibição continua vigente e está a ser aplicada nos aeroportos de todo o mundo, que impedem o embarque para os EUA de pessoas de sete nacionalidades – Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen.
A maior concentração contra a proibição de Trump teve lugar no aeroporto JFK em Nova Iorque e contou com a solidariedade do sindicato dos taxistas, que pararam os serviços durante uma hora. À medida que centenas de pessoas se dirigiam para o aeroporto, a polícia tentou bloquear o acesso por comboio a partir da cidade, só permitindo a passagem a detentores de bilhetes de avião.
Entre as pessoas que se deslocaram aos protestos nos aeroportos esteva a senadora democrata Elizabeth Warren, que falou aos manifestantes num comício improvisado no aeroporto de Boston.
A intervenção do governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, conseguiu desbloquear a situação, ao dar ordem para parar o bloqueio policial na estação. “O povo de Nova Iorque fará ouvir a sua voz”, afirmou o governador, e a polícia retirou-se do local minutos depois.