O dirigente criticou o discurso de que o País vai
"modernizar" a legislação trabalhista, mas sem estabelecer um objetivo.
"Concordo em modernizar, mas parece que o objetivo é bem vago", disse.
Por Noticias ao Minuto Foto: Reprodução/Divulgação Blog do Sombra
Não há evidências de que a reforma trabalhista em estudo no Brasil
conseguirá gerar empregos. A avaliação é do diretor da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), Peter Poschen.
Em audiência conjunta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, o diretor da entidade rebateu o discurso do governo federal de que a Reforma Trabalhista conseguirá melhorar as condições do mercado de trabalho. "Sobre a compreensão dos impactos, essa afirmação de que a reforma vai gerar emprego tem pouca evidência", disse, ao comentar que a experiência internacional mostra que nem sempre a mudança na legislação consegue gerar empregos e o ciclo econômico costuma importante na criação de postos de trabalho.
O dirigente da OIT defendeu que o Brasil deveria "definir melhor e ter
objetivos claros" para a Reforma Trabalhista. Poschen nota ainda que a
experiência internacional indica que é importante contar com um bom
diagnóstico e é preciso "coerência das políticas".
Poschen dá como exemplo o fato de o Brasil tocar a Reforma Trabalhista e
a previdenciária ao mesmo tempo. "A Reforma Trabalhista dialoga com a
Reforma da Previdência. Se essa reforma trabalhista mudar o mercado de
trabalho, a base de cálculo usada na Reforma da Previdência talvez tenha
de ser revista", disse. Com informações do Estadão Conteúdo.