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(Millôr Fernandes)

sábado, 23 de dezembro de 2017

Estados Unidos: Júri do Caso Fifa condena Marin e juíza determina que ele seja preso. Enquanto isto, no Brasil os criminosos do futebol . . .

Sábado, 23 de dezembro de 2017

Ex-presidente da CBF é acusado pela Promotoria de receber US$ 6,5 milhões em propina. Advogado pediu que ele continue em prisão domiciliar, mas juíza decidiu que ele deve ficar preso até a definição da pena.

Por BuzzFeed News / Foto: Associação Brasileira de Imprensa
e Portal ContextoExato

O júri do caso de corrupção da Fifa, em Nova York, decidiu nesta sexta-feira (22) que o ex-presidente da CBF José Maria Marin, 85, é culpado de seis das sete acusações contra ele.

A Promotoria afirma que Marin recebeu US$ 6,5 milhões em propina em troca de contratos de transmissão. Parte do dinheiro ilegal passou por uma conta em Nova York, o que é considerado crime federal nos Estados Unidos.


O júri chegou à decisão após uma semana reunido a portas fechadas, num julgamento que ao todo durou pouco mais de um mês.

Marin, que está em prisão domiciliar em seu apartamento na Trump Tower, em Nova York, foi considerado culpado por crimes de fraude e lavagem de dinheiro. Ele foi inocentado de uma das sete acusações.

No sistema judiciário americano, após o júri deliberar se os réus são culpados ou inocentes, a pena é definida pelo magistrado. No caso do ex-dirigente, a pena será imposta pela juíza Pamela K. Chen — ela não tem prazo para decidir.

Após o veredicto desta sexta, o advogado de Marin, Charles Stillman, pediu à juíza que Marin continue em casa. "Meu cliente tem 85 anos e meio… Ninguém pode dizer com certeza que este idoso de 85 anos irá fugir do país. Eu acredito que há evidências claras e convincentes de que ele estará aqui no dia da sentença."

A magistrada, porém, negou o pedido e determinou que Marin seja preso imediatamente. Ela também estimou que a pena do ex-dirigente deve ser de ao menos 10 anos de prisão.

Em seus argumentos finais, Stillman havia dito que Marin não precisaria ter recebido propina porque já era um homem rico quando assumiu a CBF.

Além de Marin, também foram julgados no caso os ex-dirigentes do Paraguai, Juan Napout, 59, e do Peru, Manuel Burga, 60.

Cada um dos réus enfrentava diferentes acusações: Marin foi considerado culpado por seis de sete; Napout, em três de cinco; e o júri ainda não terminou a deliberação sobre a única acusação contra Burga.