Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

HRG: Paciente com pancreatite crônica e fortes dores leva 8 horas sofrendo à espera de atendimento, mas não é medicado; é o caos absoluto na saúde do DF


Quarta, 12 de setembro de 2018
Ontem, terça (11/8), paciente, homem de 50 anos, sofrendo de pancreatite crônica (inclusive registrada no prontuário da rede pública do DF) é levado de sua casa até o HRG (aquele que já foi, já FOI, um excelente hospital). Cerca de 290 metros separam o HRG da sua casa. Chegou por volta das 13 horas, foi humilhado por uma espera de atendimento até cerca das 21 horas (isso mesmo que você leu. Até 21 horas). Oito horas de espera, portanto. Já pensou alguém com fortes dores ter que esperar tanto?

Atendido por um médico cirurgião, não foi medicado, pois isso seria função de médico clínico, bicho cada vez mais raro no Hospital Regional do Gama. Aliás, pra falar a verdade, no HRG algumas especialidades de médicos são coisas raras, e mais raras ainda com o passar dos dias. No hospital tem sido raros muitos outros bichos. Exames, equipamentos, banho quente, macas, leitos em condições recomendadas, cadeiras para acompanhantes etc.

Mas voltemos a história do paciente-contribuinte-eleitor. “Atendido” (entre aspas, entre aspas, já que não pôde ser medicado), foi levado de volta pelos cerca de 290 metros que separam o HRG da sua casa. Arrastando suas dores. Tanto físicas como na alma, pela humilhação da falta de atendimento justo e na hora precisa.

Voltou pra casa, mas sem medicação suas dores continuaram insuportáveis. Como não é governador ou gestor de primeiro escalão do GDF, não tem prioridade alguma. Correu (levado, levado), então, para o Goiás. Procurou atendimento no Novo Gama, quando deveria ser atendido, e bem atendido, no Gama (DF). Se o hospital do governo Rollemberg não tinha clínico disponível para medicar o personagem principal desta triste história, no Novo Gama ele foi atendido e medicado, voltando em seguida para casa.

Como o caso dele, paciente-contribuinte-eleitor, é pancreatite crônica está agora batendo nas portas de hospitais na vã esperança de algum poder interná-lo.

E haja caos na rede pública de saúde do DF. E haja dores físicas e também as provocadas pelo humilhante atendimento que os gestores públicos impõem a quem precisa dos hospitais e centros de saúde da rede do GDF.

Haja caos! Até quando, Meu Deus?