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(Millôr Fernandes)

sábado, 22 de setembro de 2018

Saúde e Bem-Estar 38: Para não comer IX — Adoçantes artificiais e certos adoçantes naturais

Sábado, 22 de setembro de 2018

Por
Aldemário Araújo Castro


Da série
SAÚDE E BEM-ESTAR
50 textos (um a cada final de semana). Registros de uma caminhada em busca de saúde e bem-estar consistentes e duradouros. Veja todos os escritos em: http://www.aldemario.adv.br/saude.htm

Saúde e Bem-Estar 38: Para não comer IX — Adoçantes artificiais e certos adoçantes naturais

O doutor Joseph Mercola é mundialmente conhecido no campo da “medicina natural” em função de seus livros e intensa atuação profissional. O site mercola.com é considerado o portal mais pesquisado na internet acerca de saúde natural. 

Mercola, no livro “Cura sem esforço”, dedica um capítulo aos alimentos reconhecidos amplamente como saudáveis mas que devem ser evitados. São eles: a) cereais integrais; b) adoçantes naturais como agave; c) produtos de soja não fermentada; d) óleo vegetal; e) a maior parte dos peixes e f) iogurte tradicional. 

Em escrito anterior desta série, afirmei: “registre-se, desde logo, que os adoçantes artificiais, como o ciclamato, a sacarina, o aspartame e a sucralose, não parecem opções saudáveis. Inúmeros e crescentes estudos demonstram os males relacionados com o seu consumo regular, inclusive produção de substâncias tóxicas para o cérebro. As alternativas mais recomendadas, sem abusos, recaem na estévia, no eritritol e no xilitol (adoçantes naturais)”. 

O doutor Mercola é categórico em relação aos adoçantes artificiais: “não use”. Ele destaca que os vários perigosos dessas substâncias, sobretudo do aspartame, estão amplamente documentados. Mercola chegou a escrever um livro específico sobre o assunto (“Sweet Deception”). 
O caso do ciclamato/aspartame é particularmente grave. Estima-se que é consumido por mais de 200 milhões de pessoas e está presente em mais de 6 mil produtos. No Google Acadêmico são mais de 29 mil artigos versando sobre as “doenças do aspartame”. O doutor Lair Ribeiro destaca que o ciclamato de sódio foi proibido nos Estados Unidos da América em 1969. Depois desse episódio, sofreu pequenas alterações para se transformar no aspartame. 

O doutor Joseph Mercola adverte para os malefícios de certos adoçantes naturais, como o mel e o agave. O problema com eles reside no nível muito elevado de frutose. Diferente da glicose, usada por todas as células do corpo, a frutose só é metabolizada pelo fígado. Nas palavras de Mercola: “Quando o seu corpo tem frutose em excesso, ele tem de armazenar o açúcar como gordura. E o tipo de gordura produzida é a gordura visceral, que se acumula dentro e ao redor dos órgãos abdominais e representa um grande fator de risco para doença cardíaca. De muitas maneiras, o consumo excessivo de frutose tem repercussões semelhantes às do consumo excessivo de álcool: ambos resultam em níveis prejudiciais de gorduras armazenadas no fígado”. 

Alerta, ainda, o famoso médico acerca do uso dos álcoois de açúcar (xilitol, glicitol, sorbitol, maltitol, glicerol e lactitol). “Eles não são álcool nem açúcar, mas uma espécie de híbrido dos dois”. Eles não são isentos de calorias. Esse é o ponto a ser destacado. Segundo Mercola: “Com moderação, alguns álcoois de açúcar podem ser uma opção melhor do que açúcar altamente refinado, frutose ou adoçantes artificiais. Dos vários álcoois de açúcar, o xilitol é um dos melhores”. Na sua forma pura, os possíveis efeitos colaterais são mínimos; na verdade ele oferece alguns benefícios, como combate às cáries. No cômputo geral, eu diria que o xilitol é um adoçante razoavelmente seguro e até mesmo um pouco benéfico”. 

A estévia, retirada da folha de uma planta nativa da América do Sul, com enorme capacidade adoçante, é indicada como a maneira mais segura e natural de adoçar bebidas e outros alimentos. Pode ser usada na forma de líquido ou pó.