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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Ação do PSOL combate nomeações de Bolsonaro na Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos

Sexta, 2 de julho de 2019

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A bancada do PSOL na Câmara protocola nesta sexta-feira (02) uma representação na Procuradoria Geral da República contra a nomeação feita pelo presidente Jair Bolsonaro de novos membros, entre eles o coronel reformado Weslei Maretti, para compor a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos – um escárnio com a história recente do Brasil e com as vítimas do regime militar e uma estratégia para inviabilizar o seu funcionamento.

Bolsonaro não se conforma com as conclusões da comissão, que são baseadas em dados técnicos, pesquisas e estudos de muitos anos envolvendo vários especialistas. O presidente pretende retaliar a comissão, mudando sua composição para que prevaleça uma posição mais baseada na sua própria ideologia revisionista da história da ditadura.
“Isso configura abuso de poder do presidente, que o utiliza para atingir uma finalidade distinta daquela para a qual foi investido no cargo, para satisfazer um desejo pessoal que é descolado da realidade, e, em última instância, para mentir para a população sobre o que efetivamente aconteceu durante a ditadura militar”, afirma o líder do PSOL, deputado Ivan Valente.
Maretti já classificou várias vezes em suas redes sociais e pronunciamentos os participantes da guerrilha armada como “terroristas” e os militares do golpe de 64 como “defensores da lei”.
O indicado de Bolsonaro tem empatia com as crenças do presidente, incluindo a admiração pelo torturador coronel Brilhante Ustra, ao ponto de dizer que “o comportamento e a coragem do coronel Ustra servem de exemplo para todos os que um dia se comprometeram a dedicar-se inteiramente ao serviço da pátria”.
Fonte: Psol