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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Caminhoneiros apoiaram governo e agora estão desacreditados

Segunda, 1º de novembro de 2021


Justiça impediu bloqueios em estradas com multas pesadíssimas.

Redação do Monitor Mercantil
19:02 - 1 De Novembro De 2021

Balanço geral da paralisação dos caminhoneiros, nesta segunda-feira, mostrou que os protestos não ameaçaram a paralisação das estradas no Brasil e que o governo se resguardou através da justiça para que o movimento não desse certo.

Os caminhoneiros, que apoiaram Jair Bolsonaro para a Presidência e que agora estão desacreditados, não conseguiram o que pretendiam: mudar a política de preços dos combustíveis da Petrobras e outras pautas de reivindicações, como frete e aposentadoria.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, decisões judiciais impuseram multas pesadíssimas em 20 estados para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), que podiam chegar a R$ 1 milhão por pessoa jurídica que apoiasse a paralisação e os trabalhadores. A medida também valia para portos e refinarias, como o Porto de Santos (SP) e o Porto de Suape (PE).

Só em Santos, a Justiça estabeleceu uma multa diária de R$ 10 mil para pessoas físicas e R$ 100 mil para pessoas jurídicas caso as estradas e rodovias que ligam o Porto de Santos fossem bloqueadas por caminhoneiros nesta segunda-feira e nos próximos sete dias.

De acordo com o portal UOL, a União conseguiu 29 liminares impedindo o bloqueio em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Piauí e Bahia, segundo o UOL.

O Ministério da Infraestrutura, por meio do Twitter, informou nesta segunda-feira que não houve registro de qualquer ocorrência de bloqueio parcial ou total em rodovias federais ou pontos logísticos estratégicos devido à mobilização dos caminhoneiros. “Durante a madrugada, após a dispersão de manifestantes no acesso ao Porto de Santos (SP), foram registrados atos de vandalismo na rodovia de acesso ao porto. Criminosos lançaram pedras em veículos que transitavam e danificaram um carro guincho da concessionária Ecovias”, disse o ministério, na rede social.

Segundo a pasta, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez a escolta de cerca de 25 caminhões durante a noite evitando qualquer retenção na via. “Desde o início da manhã, não há mais registros de vandalismo e o trânsito flui sem problemas. O porto opera normalmente”, afirmou o ministério no Twitter.

No início da manhã desta segunda-feira, o ministério informou que o número de pontos de concentração dos caminhoneiros havia caído para dois: às margens da BR-116/RJ (Via Dutra), altura da Rodoviária de Barra Mansa; e às margens da BR-153/GO, próximo a Goiânia. Pontos de concentração na BR-116/CE, em Itaitinga, e na BR-101/RJ, em Rio Bonito, já haviam sido dispersados.

A pasta acrescentou que não foi registrada ocorrência em centros de distribuição de combustíveis e que efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) está em operação nos 26 estados e no Distrito Federal. “São 29 liminares na Justiça contra bloqueio de rodovias, refinarias e portos contemplando 20 estados”, disse.

Da redação com informações da Agência Brasil, CUT, UOL e G1

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