Sexta, 21 de janeiro de 2011
Originalmente, o Canta Nordeste foi criado para mostrar a cena musical da região, revelando os clássicos e os modernos. Com o tempo, além da arte e cultura, passou a revelar também a realidade sócio-econômica, aspectos históricos, política, belezas e horrores do Nordeste. O programa denunciou a violência, o machismo, o racismo; tratou do cangaço, da seca e da fome; contou das belezas do sertão e das riquezas do litoral.
Por Romário Schetino, publicado originalmente no portal Brasiliários
Neste domingo, dia 23/1, às 16h, o programa Canta Nordeste vai ao ar pela última vez na Rádio Cultura FM 100,9. O jornalista Dioclécio Luz e Cíntia Magalhães, apresentadores do programa, encerram uma história que tem 33 anos na emissora estatal de Brasília. Era o mais antigo da Cultura FM.
Ao longo desse tempo o Canta Nordeste foi uma atividade voluntária, sem custos para a rádio ou para o estado. Nesses 33 anos só ocorreu uma exceção — durou dois semestres.
Foi quando o programa se candidatou e foi selecionado para receber recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O Tribunal de Contas do Distrito Federal, porém, entendeu que colaboradores ou voluntários da rádio não podiam captar recursos do FAC, exigindo da secretaria de Cultura que nos próximos editais do Fundo figurasse esse veto. O veto foi firmado e atinge a toda categoria da radiodifusão.