Quarta, 19 de janeiro de 2022
Não, a Petrobras não quebrou
AEPET, com informações do Monitor Mercantil
19 Janeiro
Uma coluna de um jornalão publicou nesta terça-feira que a política de controle de preços praticada pela Petrobras até 2014 teria trazido "prejuízos bilionários para o caixa da empresa". A afirmação é repetida por colunistas na grande mídia. Uma simples conferência nos números do balanço da estatal mostram que o que separa a afirmação de uma fake news é invisível a olho nu.
Vamos aos dados, "Caixa e equivalentes ao fim do exercício – em milhões de dólares":
2009 – 16.622
2010 – 17.655
2011 – 19.057
2012 – 13.520
2013 – 15.868
2014 – 16.655
2015 – 25.058
2016 – 21.205
2017 – 22.519
2018 – 13.899
2019 – 7.377
2020 – 11.725
Portanto, não só o caixa não quebrou, como era superior aos dos últimos exercícios, 2 deles já com a economia sob comando de Paulo Guedes.
Se olharmos 2014, último ano de comando nacionalista na Petrobras, comprova-se que a estatal estava em boa situação financeira, longe do que os críticos insistem em repetir sem comprovar. Os dados foram levantados por Cláudio da Costa Oliveira, economista da Petrobras aposentado:
Liquidez Corrente: 1,6. Significa dizer que para cada R$ 1 que a empresa tinha de pagar, ela dispunha de R$ 1,6.
Geração Operacional de Caixa: US$ 26,6 bilhões
Empréstimos: a Petrobras captou no mercado mais de US$ 15 bilhões, todos com bancos de primeira linha, muitos com vencimento de 30 anos
Se não bastasse, em junho de 2015, ainda no Governo Dilma, a Petrobras captou US$ 2,5 bilhões junto ao Deutsch Bank Securities e o J.P. Morgan com vencimento de 100 anos. Para uma empresa "quebrada", um feito notável.
Fonte: Monitor Mercantil