Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Com apoio de Cafu, OMS e Fifa lançam campanha pela saúde mental

Quinta, 5 de agosto de 2021

Foto: Osce —A Fifa destaca que entre os jogadores de futebol, 23% sofrem de insônia, 9% têm depressão e 7% ansiedade

#ReachOut ou “Estenda a Mão” tem o objetivo de aumentar a conscientização e estimular busca por ajuda; depressão afeta 260 milhões de pessoas; 23% dos jogadores de futebol sofrem de insônia e 9% têm depressão. 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, e a Federação Internacional de Futebol, Fifa, estão lançando a campanha #ReachOut, ou “Estenda a Mão”. O objetivo é estimular as pessoas que estão sofrendo de depressão ou ansiedade, para que procurem ajuda.

A campanha de conscientização sobre saúde mental conta com a participação de várias personalidades do futebol, incluindo o ex-jogador Cafu, que foi Pentacampeão do Mundo pelo Brasil, em 2002, e Aline Pellegrino, ex-zagueira da Seleção Brasileira.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Justiça nega pedido da Capitã Cloroquina contra presidente da CPI da Covid-19

Quarta, 4 de agosto de 2021

A juíza da 18ª Vara Cível de Brasília negou pedido liminar apresentado pela Secretária do Ministério da Saúde Mayra Isabel Correia Pinheiro para que o senador Omar José Abdel Aziz seja proibido de referir-se a ela de forma desrespeitosa, bem como de presidir eventual sessão da comissão parlamentar em que a autora seja convocada para depor.

Ao negar o pedido, a magistrada registrou que não foram verificados os requisitos para a concessão da tutela de urgência, entre eles o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Além disso, ressaltou que “Não há possibilidade de restringir a manifestação de pensamento, eis que se trata de garantia Constitucional (art. 5rº, IV, da CF). Contudo, os excessos verificados acarretarão responsabilidades de natureza civil e/ou criminal, cuja análise deverá ser realizada observando o caso concreto”, declarou.

Justiça: DF deve devolver pertences apreendidos de pessoas em situação de rua durante fiscalização no Setor Comercial Sul em 28 de julho

Quarta, 4 de agosto de 2021

Nessa terça-feira, 3/8, a juíza da 8ª Vara da Fazenda Pública do DF proferiu decisão liminar determinando ao Distrito Federal que restitua todos os pertences dos moradores em situação de rua apreendidos na operação realizada pelo DF Legal, em conjunto com a PMDF, ocorrida no Setor Comercial Sul - SCS, no último dia 28/7/2021. A restituição deverá ocorrer no endereço do Instituto Cultural e Social, no prazo de 24 horas a contar da intimação da decisão.

A juíza também determina que o DF se abstenha de apreender objetos pessoais e materiais de pessoas em situação de rua, sem uma ação concreta que assegure moradia e alimentação a essas pessoas, e que toda e qualquer abordagem seja feita nos termos da recomendação 3/2021 do MPDFT, sob pena de multa de R$ 10 mil por ato de descumprimento.

Ministro Alexandre de Moraes determina abertura de investigação contra Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral —atualização 4/8 às 18h16

Quarta, 4 de agosto de 2021

O ministro acolheu notícia-crime encaminhada pelo TSE e determinou que os envolvidos no pronunciamento do presidente da República em 29/7 sejam ouvidos.

Do STF — atualizado em 04/08/2021 18h16

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a instauração imediata de investigação contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, por afirmações contra a segurança das urnas eletrônicas e fraudes no sistema de votação. Ele acolheu notícia-crime encaminhada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acompanhada por link do pronunciamento do presidente realizado no dia 29/7, para fins de apuração de possível conduta criminosa relacionada ao Inquérito (INQ) 4781, que investiga notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes e denunciações caluniosas.

Segundo o ministro, observa-se, nas condutas do presidente, tanto no vídeo do pronunciamento quanto em outras manifestações públicas, inclusive em redes sociais, o nítido objetivo de tumultuar, dificultar, frustrar ou impedir o processo eleitoral, com ataques institucionais ao TSE e aos seu presidente, ministro Luís Roberto Barroso. Essas condutas configuram, em tese, os crimes de calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime, associação criminosa e denunciação caluniosa, previstos no Código Penal, e outros delitos definidos na Lei de Segurança Nacional e no Código Eleitoral.

A decisão abre vista imediata à Procuradoria-Geral da República para ciência e manifestação, no prazo de cinco dias.

Diligências

O ministro determinou a realização a transcrição, pela Polícia Federal, do vídeo que contém o pronunciamento controvertido e a oitiva dos envolvidos no pronunciamento, na condição de testemunhas, no máximo em 10 dias. 

Leia a íntegra da decisão.

Mensalão do DEM, Caixa de Pandora: Primeira Turma do STF mantém condenação do ex-governador do DF José Roberto Arruda

Quarta, 4 de agosto de 2021


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Denunciado em 2010, ele foi acusado de inserir informações falsas em documentos entregues à Justiça nos quais declarava ter recebido doação

Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu pedido do Ministério Público Federal (MPF) e manteve, em sessão nesta terça-feira (3), a condenação do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda pelo crime de falsidade ideológica. Investigado no escândalo conhecido como Caixa de Pandora, o político foi condenado inicialmente a 3 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão em regime semiaberto, mas decisão de segunda instância reduziu a pena a 2 anos e 11 meses de reclusão, em regime aberto.

No Supremo, Arruda apresentou dois recursos – o habeas corpus (HC) 195.323 e o Agravo em Recurso Extraordinário (ARE) 1.294.801 – questionando um acórdão da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também manteve a condenação. O julgamento havia sido suspenso por um pedido de vista feito pelo ministro Dias Toffoli. Já haviam votado pela não concessão do HC os ministros Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Roberto Barroso e Rosa Weber. Ao apresentar o voto-vista na sessão desta terça-feira, Toffoli seguiu a maioria formada e concluiu pelo indeferimento do HC. Quanto ao ARE, por unanimidade, o colegiado votou pelo não conhecimento do recurso, seguindo também posicionamento defendido pelo MPF.

Lei proíbe oferta de crédito por telefone a idosos e aposentados no DF

Quarta, 4 de agosto de 2021

Procon passa a fiscalizar e punir instituições financeiras em caso de infração. Multa começa em R$ 200 mil

A partir de hoje, 4, está proibida a oferta de crédito por telefone a idosos no Distrito Federal. De acordo com a nova lei distrital, número 6.930/21, fica vedado às instituições financeiras oferecer qualquer tipo de empréstimo e cartão de crédito consignado a idosos, aposentados e pensionistas, por meio de ligação telefônica.

Em caso de descumprimento da nova lei, a instituição financeira pode ser multada em R$ 200 mil. Sem prejuízo da aplicação da multa, a reincidência na infração, dentro do mesmo ano fiscal, pode também acarretar a exclusão da inscrição estadual da empresa.

Atenção: TJDFT orienta sobre emissão de Guias de Depósito do Banco do Brasil

Quarta, 4 de agosto de 2021

Do TJDF

Emissão de guias pelo site do BB está vedada

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT informa que a emissão de Guias de Depósito do Banco do Brasil deve ser realizada diretamente no site do TJDFT (menu SERVIÇOS, opção EMITIR DEPÓSITO JUDICIAL)a fim de evitar inconsistências e problemas que dificultem o recebimento dos valores devidos por parte do jurisdicionado. 

A medida visa agilizar a tramitação dos processos, uma vez que os depósitos realizados diretamente pelo site do TJDFT são automaticamente vinculados a eles, simplificando os procedimentos e conferindo-lhes a autenticidade devida.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

ENTREVISTA. “Não há um único genocídio que não tenha sido precedido por discursos de ódio”

Terça, 03 de agosto de 2021

Em entrevista exclusiva, Alice Wairimu Nderitu, do Escritório para a Prevenção do Genocídio da ONU explica por que o Brasil está no radar da instituição

3 de agosto de 2021
Bárbara D'Osualdo, Rafael Oliveira




Garimpeiros ilegais atacando indígenas Yanomami, na região de Palimiu (RR), e Munduruku, em Jacareacanga (PA). A tentativa de regularizar a mineração nas terras indígenas (TIs), sem consulta prévia aos afetados. A total paralisação dos processos de demarcação de TIs pelo Ministério da Justiça e pela Funai – que vem sistematicamente atuando contra a proteção jurídica dos territórios. A falta de ação do governo federal para proteger as populações indígenas durante a pandemia de Covid-19.

A forma como a gestão de Jair Bolsonaro lida com as populações indígenas vem chamando atenção da comunidade internacional e provocando reações de organismos de proteção aos direitos humanos. Uma denúncia contra Bolsonaro por incitar o genocídio e promover ataques sistemáticos contra os povos indígenas do Brasil está sob inédita análise preliminar do Tribunal Penal Internacional (TPI), e outras representações contra o mandatário foram apresentadas ao órgão. Paralelamente, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) emitiu uma série de medidas cautelares, solicitando que o Brasil aja para proteger diversos povos indígenas, incluindo os Yanomami e Ye’kwana, os Munduruku, além dos Guajajara e dos Awá.

Em junho, o Brasil sob Bolsonaro alcançou mais um feito inédito: pela primeira vez, o país foi citado no âmbito do Escritório para a Prevenção do Genocídio e a Responsabilidade de Proteger da Organização das Nações Unidas (ONU). A menção foi feita pela conselheira especial para a Prevenção do Genocídio, Alice Wairimu Nderitu, em seu discurso na última Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Um mês antes, outros oito relatores especiais das Nações Unidas já haviam cobrado explicações do Itamaraty sobre ataques contra povos indígenas no país.

Alice Nderitu é conselheira-especial da ONU para a prevenção do genocídio

Em sua fala perante o Conselho, a queniana destacou estar “particularmente preocupada com os povos indígenas” na região das Américas. “No Brasil, Equador e outros países, eu peço aos governos para proteger comunidades em risco e garantir justiça para crimes cometidos”, disse. 

À Pública, a conselheira especial da ONU afirmou que sua equipe mantém interlocução com movimentos sociais no Brasil e que pretende visitar o país. Segundo ela, a inclusão do Brasil se deve a “processos que não asseguram o Consentimento Livre, Prévio e Informado [de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais], preocupações com a situação das terras indígenas e da demarcação, além de problemas ligados a instituições nacionais de proteção, especialmente a FUNAI”.

MPF reitera posicionamento contrário à concessão de aposentadoria voluntária a desembargadora

Terça, 3 de agosto de 2021

Do MPF

Ilona Reis é investigada na Operação Faroeste por fazer parte de organização criminosa; magistrada é acusada de venda de sentenças


No recurso, a defesa da magistrada afirma, entre outros pontos, que a decisão do STJ viola a Constituição, no que se refere ao respeito ao direito adquirido. Argumenta, ainda, que a questão sobre a aposentadoria deve ser enfrentada exclusivamente pelo TJBA, e refuta a alegação apresentada pelo MPF de que o caso se insere na aplicação análoga do art. 27 da Resolução 135/2011, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pelo fato deste comando normativo preservar a apuração em si da falta disciplinar e não “um eventual e remoto efeito secundário da condenação”.
O Ministério Público Federal (MPF) reiterou as razões pelas quais deve ser mantido suspenso o processo de aposentadoria voluntária da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) Ilona Reis. A manifestação do órgão foi em parecer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta segunda-feira (2), após a magistrada entrar com recurso buscando a cassação da medida cautelar deferida monocraticamente, depois de pedido do MPF. Reis integra a organização criminosa que está sendo investigada no âmbito da Operação Faroeste, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por meio da compra de decisões judiciais no TJBA.

TSE abre inquérito para apurar ameaças de Bolsonaro às eleições e pede a STF que o investigue

Terça, 3 de agosto de 2021

Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, durante cerimônia de lacração das urnas eletrônicas para as eleições de 2018 - Antonio Augusto/Ascom/TSE


Exceção aos demais, ministro Kassio Nunes, do STF, diz que debate sobre voto impresso é 'preocupação legítima do povo'

Cristiane Sampaio
Brasil de Fato | Fortaleza (CE)

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram, nesta segunda-feira (2), acatar a proposta do corregedor-eleitoral, Luis Felipe Salomão, de abrir um inquérito administrativo para apurar as ameaças feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) às eleições de 2022.

De acordo com o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, a intenção é investigar fatos que possam caracterizar abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, além de condutas proibidas para agentes públicos e propaganda eleitoral fora do período permitido e relacionada aos ataques dirigidos ao sistema eletrônico de votação e à legitimidade do pleito do próximo ano. O inquérito terá caráter sigiloso.


Os magistrados também decidiram pelo envio de uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o chefe do Executivo passe a ser investigado no inquérito da Corte que trata das fake news propagadas por grupos orquestrados nas redes sociais.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

“Harmonia e independência entre os Poderes não implicam impunidade”, afirma Fux, presidente do STF

Segunda, 2 de agosto de 2021

Na abertura do segundo semestre judiciário, o presidente do STF disse que o povo brasileiro não aceitará soluções fora dos limites constitucionais.

Do STF
02/08/2021



O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, afirmou nesta segunda-feira que o relacionamento entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário deve ocorrer dentro dos limites constitucionais, com freios e contrapesos recíprocos, de forma harmônica e com alinhamento visando à materialização dos valores constitucionais. “Porém, harmonia e independência entre os poderes não implicam impunidade de atos que exorbitem o necessário respeito às instituições”, disse.

Limites da Constituição

Para o presidente do STF, numa sociedade democrática, momentos de crise servem ao fortalecimento, e não à deslegitimação da confiança da sociedade nas instituições, e ambientes democráticos garantem aos cidadãos liberdade para pensar, inovar, empreender e se expressar. “Afinal, no contexto atual, após 30 anos de consolidação democrática, o povo brasileiro jamais aceitaria que qualquer crise, por mais severa, fosse solucionada mediante mecanismos fora dos limites da Constituição”, pontuou.

HÁ 40 ANOS NO MDB —Requião anuncia saída do MDB: "partido bolsonarista, racista"

Segunda, 2 de agosto de 2021
Em postagens nas redes sociais, ex-governador do Paraná denuncia a aproximação do partido com o governo

02 de Agosto de 2021


Nos mais de 40 anos de filiação ao MDB, Requião exerceu mandatos como senador e governador pela legenda - Leandro Taques


O ex-governador do Paraná, Roberto Requião, anunciou no domingo (1°) pelas redes sociais que deixará o seu partido, o MDB. “Amanhã segunda-feira saio oficialmente do MDB. Aí vamos ver quem sai comigo e abandona esse partido bolsonarista, racista, e que se tornou absolutamente fisiológico. Será a prova da janela!”, afirmou Requião.



O anúncio também foi antecipado por Requião em uma série de postagens nas redes sociais iniciadas no domingo, após o resultado das prévias para a direção estadual do partido. Derrotado, afirmou que “o MDB do Paraná foi tomado pelo Ratinho (atual governador do estado, eleito pelo PSD) e pelo Bolsonaro. Sou sério, estou fora!”.

FUTURO DAS ESCOLAS —Artigo 'Mais Paulo Freire, menos Bolsonaro: a Educação brasileira para além da pandemia'

Segunda, 2 de agosto de 2021

Paulo Freire, celebrado educador no mundo inteiro, é rejeitado pelo atual governo brasileiro - Foto: Sara Ferreira


Intervenção em universidades e desafios gerados pelo período de ensino à distância são alguns dos obstáculos a vencer

Brasil de Fato
Marcelo Barros
São Paulo (SP)

No Brasil, ainda ameaçado por novas variantes da pandemia, neste início do mês de agosto, colégios e instituições de educação retomam as aulas presenciais.

Durante mais de um ano, muitas escolas mantiveram os alunos ligados a encontros virtuais. Ocorre que, na maior parte do país, o acesso à internet e a seus recursos ainda não é totalmente democrático. Crianças e adolescentes pobres são penalizadas. Além disso, a educação à distância e por meios virtuais pode cumprir função de suplência, mas não substitui o acompanhamento educacional. São indispensáveis convivência e o diálogo.

Já desde alguns anos, o Brasil se coloca entre os países do mundo com maior dívida no plano da educação básica dos seus cidadãos. Atualmente, sob o atual governo, já antes da pandemia, no Ranking Internacional da Educação pubicado em 2019, o Brasil foi considerado um dos 20 piores países do mundo.


Neste 2021, as pessoas que amam a educação lembram o centenário do nascimento de Paulo Freire, figura de educador venerada no mundo inteiro, menos pelo atual governo brasileiro.

É sabido por quem acompanha o tema tudo que o atual governo fez e faz tudo para inviabilizar a educação, em todos os seus níveis. Nesse projeto, conta com a pandemia como aliada, mas é capaz de perversidade que nenhum vírus alcança. No plano universitário, o presidente da República não cansa de intervir na maioria das universidades federais.

Impõe administradores, nomeados com critérios políticos e ideológicos, sem o mínimo respeito à comunidade dos professores e técnicos em educação. Além disso, como nunca antes, todas as unidades federais padecem da falta de verbas para o seu funcionamento básico.


Enquanto desde o século XVI Colômbia, Peru e Bolívia têm boas universidades públicas, no Brasil, apenas no século XIX tivemos o primeiro curso de direito, em Olinda (PE) e São Paulo. O próprio Ministério da Educação só existe no país desde de 1930”.

Em um evento realizado por videoconferência, no dia 15 de outubro de 2020, o papa Francisco lançou o Pacto Educativo Global, propondo ao mundo todo uma aliança em prol de uma educação de qualidade. O papa insiste na importância da educação como ato de esperança, “antídoto natural à cultura individualista”.

Essa iniciativa do papa conta com o apoio da Unesco e de diversas instituições acadêmicas. A proposta é que esse pacto se concretize através de sete compromissos ou propostas para a promoção do diálogo entre culturas, da paz e da ecologia integral:

1º - Colocar a pessoa no centro de cada processo educativo.

2º - Ouvir a voz das crianças, adolescentes e jovens a quem transmitimos valores e conhecimentos.

3º - Favorecer a plena participação das meninas e adolescentes na instrução.

4º - Ver na família o primeiro e indispensável sujeito educador.

5º - Educar a nós mesmos e uns aos outros/as para o acolhimento, abrindo-nos aos mais vulneráveis e marginalizados.

6º - Encontrar outras formas de compreender a economia, a política, o crescimento e o progresso.

7º - Guardar e cultivar a nossa casa comum, protegendo-a da exploração dos seus recursos.

No Brasil, diversas entidades da sociedade civil estão se unindo a educadores e educadoras para organizar atividades concretas neste caminho do Pacto Educativo Global. Para quem tem fé e busca viver uma espiritualidade ecumênica, a educação é a tarefa que mais nos aproxima dos grandes líderes espirituais da humanidade.

Todos eles foram educadores. Jesus Cristo, por exemplo, se revelou como Sabedoria Divina oferecida a toda pessoa que aceita acolhê-lo. E mostrou que neste processo de educação o importante é conhecer e praticar a verdade. Como ele afirmou: “A Verdade vos libertará” (Jo 8, 33).



Edição: Vinícius Segalla

FORAM-SE AS RIQUEZAS E O ESTADO, É A VEZ DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

Segunda, 2 de agosto de 2021

Foto Divulgação
                            “Tal o Brasil sentado junto às margens
                                               Do verde oceano que seus pés lhe beija,
                                               E recostado sobre o alto Andes
                                               Que além nos ares, pelo céu flameja.
                                               Vestido desse manto lindo e belo
                                               Que nunca o frio inverno desbotou:
                                               Bordado dos diamantes, do ouro fino,
                                               Das lindas flores com que Deus ornou.
                                               Deixa-os entrar nos bosques gigantescos;
                                               Deixa-os gozar dos puros céus de anil;
                                               Deixa-os fruir de todas as riquezas,
                                               Que o mundo antigo inveja do Brasil”.

                                               (Castro Alves, Poema, composto aos 14 anos).

Pedro Augusto Pinho*

Na poesia que encima este artigo, recitada pelo aluno Antônio de Castro Alves, em 3 de julho de 1861, no Ginásio Bahiano do Barão de Macaúbas (Abílio César Borges), em Salvador (Bahia), se vê este tão difundido orgulho das riquezas nacionais: a verde mata, as minas, as águas e um clima e terra, onde se plantando tudo floresceria.


Hoje penso que esta louvação não era um reconhecimento, um justo motivo de orgulho ou para “inveja”, como declamava, adolescente, o poeta brasileiro. Era a domesticação, que fazia parte da pedagogia colonial, a nos incentivar ao ócio, à perda daquele presente dado, que se malbarata sem a mágoa de um bem conquistado com suor, com dedicação, com o empenho físico e intelectual. Fácil vem, fácil vai.

E, assim, as estradas de ferro eram construídas das áreas produtoras para os portos, o que aqui de extraia, o que se colhia, o que se desmatava, tudo ia para o uso e gozo estrangeiro; nada para o povo brasileiro, que não fosse as comissões para os intermediários da evasão, da alienação, do esbulho.

E foi na colônia, no império, na primeira república, contornou, na oposição, a Era Vargas, que durou bem mais do que a vida do estadista, e se arregaça, explode, se expande com o triunfo neoliberal que aqui chega juntamente com a edição do decálogo globalista, antinacional, alienante do Consenso de Washington (1989). Ano da eleição de um preposto fantasiado de “caçador de marajás”.

O discurso absurdo é aquele da competitividade: colocar na mesma arena, sem que haja qualquer ponto para equilíbrio, o maneta, o coxo, o cego e o de físico e preparo de um atleta olímpico: que vença o melhor! Mas esta vitória não traria qualquer vantagem para o povo, como na luta desigual há desonra, nenhum mérito.

E, as cada vez menores riquezas nossas, cantadas por Castro Alves e por todos desde o anônimo autor dos Diálogos das Grandezas do Brasil no alvorecer do século XVII, com falsas e ferozes razões, passam a ter seus controles, sua produção e seus ganhos e lucros transferidos do povo brasileiro, dos capitais nacionais, para os apátridas, aqueles residentes em paraísos fiscais.

Perguntará o atento leitor: mas quem são estes beneficiados? Muito fácil. Pegue os nomes dos exportadores, das empresas vencedoras das privatizações e comece a procurar seus acionistas e os acionistas das empresas acionistas destas e chegará, com absoluta certeza, aos seguintes nomes: BlackRock, Vanguard, Fidelity, J.P. Morgan Chase, State Street Global Advisors, Norges Bank, Wellington, Franklin Advisors, Clearstream Banking, Amundi, UBS, Allianz e outros tantos que se denominam “gestores de ativos”.

Estes “gestores de ativos” têm inclusive o seu dinheiro, que dorme de um dia para outro em contas bancárias. É um sistema pouco divulgado de espoliação que, no Brasil, é coordenado pelo Banco Central independente, ou seja, independente de prestar contas ao Brasil, pois seus verdadeiros donos passaram a ser estes controladores dos capitais a partir dos paraísos fiscais.

Por acaso, meu caro leitor, já se deu conta que o presidente dos Estados Unidos da América (EUA) tem sua carreira política num dos quatro estados dos EUA que é paraíso fiscal: Delaware? E, na avaliação dos gestores de ativos, aquele paraíso que melhor defende os capitais das eventuais investidas de governos e advogados populares ou defensores das vítimas das mutretas que eles armam. Os outros estados nos EUA que são paraísos fiscais são: Dakota do Sul, Nevada e Wyoming.

Existem quase uma centena de países, estados ou cidades que são os paraísos fiscais pelo mundo, muitos em ilhas. Porém 20 concentram quase a totalidade dos capitais dos “gestores de ativos” e das subsidiárias das 500 maiores empresas, listadas pela revista Fortune, e 31 paraísos fiscais estão, de algum modo, ligados ao Reino Unido (UK).

Primeiro foram as riquezas naturais, exportadas, controladas, por fim com a posse, como os minérios da antiga Vale do Rio Doce, hoje propriedade de “gestores de ativos”. Neste processo encontram-se a Petrobrás e as reservas brasileiras (?) de petróleo e gás natural. Aí você perguntará pelo agronegócio que é pop. Sim é propriedade dos comercializadores, que controlam o comércio e os preços e, cada vez mais, os portos e ferrovias e rodovias por onde transitam para serem processados e gerarem lucro no exterior.

O primeiro e mais importante destino dos nossos bens naturais, esgotáveis, finitos, deve ser o processamento, a transformação em bens para consumo dos brasileiros, para aqui gerar emprego e renda e tributo e um país desenvolvido. Ter na exportação o objetivo é gastar todo dinheiro num almoço e passar o mês com fome. É o que fazem os governos desde 1989, com maior ou menor empenho, com mais descaramento ou discurso enganoso.

Foram-se, então, as riquezas.

O Estado só existe em função do povo. Caso contrário basta uma embaixada ou um escritório para cuidar dos interesses e negócios estrangeiros. Hoje este estrangeiro, já sabemos, são os gestores de ativos, anônimos, invisíveis, para não serem apedrejados e combatidos como mereceriam. Mas seus prepostos estão aí, na política, nas faculdades, nos jornais, nas igrejas defendendo o neoliberalismo, a competitividade, a teologia da prosperidade, a liberdade de passar fome e ficar doente e a democracia de votar em quem eles deixam se candidatar, na oposição e na situação. Isto é denominado cismogênese: um processo de diferenciação (governo e oposição) baseado em comportamentos que tanto produzem convergência quanto oposições (voto impresso), e numa escalada dos conflitos ou os criando novos que apenas resultam no reforço de uma só questão: aquela que interessa a ambas as partes, ou seja, manter estas partes e somente elas no “conflito”.

No processo de transformação do Estado Nacional em escritório de agenciamento, os órgãos públicos podem cometer todos os desatinos como cobrar adicionais para compra de vacinas, pois não é a prevenção da epidemia, mas os lucros, que os prepostos e os gestores de ativos terão, o que importa.

Então até se transfira atividades estratégicas do Estado, como os correios, em todo mundo desenvolvido sempre sob controle e execução de órgãos públicos, para os capitais apátridas. Ou se criem “agências reguladoras” para dirigir em favor dos gestores de ativos todas as atividades regulamentáveis do País.

E neste processo, que avança célere, em breve ter ou não ter um governo brasileiro será muito menos do que um dilema shakespeariano; será o fim do Estado Nacional, como o paraíso fiscal caribenho da Ilha de Santa Lúcia, cujo nome foi dado por Cristóvão Colombo, e hoje é propriedade de bancos ingleses.

O que falta então? A entrega do território, mas sem disputa bélica, sem o desembarque da IV Frota dos EUA e seus marines para sofrerem eventual ataque, mortes, e mesmo fazer surgir uma guerrilha no Brasil. Certamente o atilado leitor já sabe qual território está em questão: a Amazônia Brasileira.

Há um antigo mito militar dos “países baleias”, difíceis de invasão para conquistar e manter suas extensas áreas. O Brasil, ao lado da Rússia, do Canadá, da China, dos EUA seria um destes. Mas são estudos pré-cibernéticos, antes do uso da teoria da informação, como se viu recentemente nos EUA, paralisando a distribuição de petróleo e derivados, ou como este país, do contexto OTAN, procura acusar a Rússia de interferir nas eleições estadunidenses ou de ataque chinês (realmente uma potência cibernética).

A ameaça cibernética não se limita à ideologia, ao terrorismo, aos ilícitos, ela é, principalmente, de quem dispõe de trilhões de dólares estadunidenses (USD), como os gestores de ativos. Apenas poucos, como exemplo: BlackRock, mais de sete trilhões USD; Vanguard, mais de seis trilhões USD; UBS suíço, com mais de três trilhões e meio USD; e até estatais, como o Fundo de Pensão Norueguês, com um trilhão e trezentos bilhões USD.

Para ter-se a dimensão dos inimigos, calculemos que uns três ou quatro gestores de ativos se unam para conquistar os 4.196.943 km² da Amazônia Brasileira, território conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Teríamos uns 15 trilhões USD, que rendendo, miseravelmente, 1% ao ano, disporia, ao fim de 12 meses, de 150 bilhões USD, sem tocar no principal. Que imensa corrupção seria potencialmente possível praticar nas cúpulas militares e civis do governo brasileiro?

Nada de invasões, ou disputas no “entorno estratégico”, ou pela insegurança “ambiental” das queimadas ou “humana” das populações indígenas. Basta um contrato de gestão, pelas tradicionais dificuldades financeiras de administrar estes 49,28% do território nacional. Assim 10.642 espécies já catalogadas de plantas de alto valor econômico, onde o medicinal é apenas um deles, os minerais já identificados e outros a serem mensurados, de imenso valor como o nióbio, o lítio, o manganês, o cobre, o níquel, o titânio, o ouro e a prata, a platina, o paládio e muitos outros que em menos de um ano já compensariam os subornos necessários para celebração do contrato de administração, onde se incluem 20,3 milhões de habitantes, sendo 31,1% fora das áreas urbanas, ou seja, ao todo serão 12,3% da população brasileira (conforme estimativa do IBGE para 2004).

A Amazônia Brasileira ocupa integralmente os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e a maior parte do Maranhão. Haveria harmonização entre os governos estaduais e a empresa administradora da Amazônia Brasileira? Provavelmente o contrato subordinaria os nossos governantes aos administradores estrangeiros, afinal a subordinação colonial é da tradição brasileira. Nem a Independência nem a República alteraram a sequência de senhores: portugueses, ingleses, estadunidenses e gestores de ativos. O breve suspiro da “Era Vargas” foi todo tempo combatido e mereceu os golpes, exitosos ou mal sucedidos, de 1932, 1934, 1937, 1945, 1954, 1955, 1964, 1979 e 1984 até naufragar paulatinamente com a Constituição de 1988, a eleição de 1989 e o golpe de 2016.

Haverá ainda os que vão se rejubilar, se regozijar com o desprestígio dos políticos nortistas e nordestinos, ou foram de outros estados para lá trabalhar, na Amazônia que não mais é brasileira, tais como: Jader e Helder Barbalho, Telmário Mota, Waldez Góes, Paulo Rocha, Flavio Dino, Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Acir Gurgacz. Consideram que uma empresa estrangeira, cujo único objetivo é realizar o maior lucro no menor tempo possível, faz o melhor para o povo brasileiro? Se já tiverem sido doutrinados pelas ideologias estrangeiras: liberais, neoliberais, neopentecostais, provavelmente. Ou se nada sabem nem querem saber do País onde nasceram, com toda certeza.

Assim foi que nós mesmos, com nossa alienação, com a mesquinhez do interesse pessoal e imediato, vendo na política só uma falha de caráter e não a mais importante ação humana, com afirmou o Papa Francisco, entregamos nossas riquezas, nosso Estado Nacional e nosso território, afastando a Questão Nacional, que deveria ser a principal preocupação da existência do Brasil, do debate político, desde a Constituição de 1988.

Iniciamos este artigo com um poeta, ainda muito jovem, do romantismo brasileiro, época das mais gloriosas de nossas letras, concluiremos com outro Antônio, este na maturidade, capaz de refletir com seus erros, naquela que é das mais belas poesias em nossa língua. E quem, além da mulher, só poderia ser a Pátria Amada, por quem deixaríamos de lutar?

                                       “Perdão!… de não ter ousado
                                               Viver contente e feliz!
                                               Perdão da minha miséria,
                                               Da dor que me rala o peito,
                                               E se do mal que te hei feito,
                                               Também do mal que me fiz!”

                                               (Gonçalves Dias, Ainda uma vez – Adeus, aos 34 anos).

*Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado.

Fonte: Site Pátria Latina

domingo, 1 de agosto de 2021

Na tarde do 1º domingo de agosto, coisa linda é "Um Sorriso Negro". Canta Dona Ivone Lara; Negro é a raiz da liberdade

Domingo, 1º de agosto de 2021 


Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade
Um sorriso negro
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade
Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio, é luto
Negro é a solidão
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino, é amor
Negro também é saudade
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz da liberdade
Negro é uma cor de respeito
Negro é inspiração
Negro é silêncio é luto
Negro é a solidão (diga lá, rainha)
Negro que já foi escravo
Negro é a voz da verdade
Negro é destino, é amor
Negro também é saudade
Um sorriso negro
Um abraço negro
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz de liberdade
Um sorriso negro
Um sorriso negro (e simbora, negro)
Um abraço negro (sua benção, tia Ivone)
Traz felicidade
Negro sem emprego
Fica sem sossego
Negro é a raiz de liberdade
Negro é a raiz de liberdade
Negro é a raiz de liberdade
Negro é a raiz de liberdade
Compositores: Adilson Reis Dos Santos / Jair Carvalho / Jorge Philomeno Ribeiro

Janio Ferreira Soares: um salve a Douglas Souza que corta na cara do preconceito em Tokio

Domingo, 1º de agosto de 2021

Janio Ferreira Soares


Do Blog Bahia em Pauta

CRÔNICA

Douglas Souza corta na cara do preconceito

Por Janio Ferreira Soares

No começo dos anos 70 eu sempre me inscrevia no time de vôlei pra participar dos Jogos Estudantis de Paulo Afonso, mesmo não jogando nada. “Mas então, pra que se aventurar por águas nunca dantes, ô seu velho ribeirinho?”. Além da farra em si, preocupado leitor e curiosa leitora, minha motivação era a dispensa das aulas no período das competições, que compensava a dura preparação física. Explico.

Como vivíamos numa área de segurança nacional e em plena ditadura, os treinadores eram militares da 1ª Companhia de Infantaria do Exército, instalada aqui em 1954 com a finalidade de proteger o complexo hidrelétrico dos comunistas (ui, que meda!).

Leia a íntegra

Mãe nossa que estais na terra

Agosto

Mãe nossa que estais na terra

Nas aldeias dos Andes, a mãe terra, a Pachamama, celebra hoje a sua grande festa.

Dançam e cantam seus filhos, nessa jornada sem fim, e vão oferecendo para a terra um pouco de cada um dos manjares do milho e um golinho de cada uma das bebidas fortes que molham a sua alegria.

E no final, pedem a ela perdão por tanto dano, terra saqueada, terra envenenada, e suplicam a ela que não os castigue com terremotos, nevascas, secas, inundações e outras fúrias.

Essa é a fé mais antiga das Américas.
Assim os maias tojolabales cumprimentam a mãe, em Chiapas:

         Você nos dá feijões,
      que são tão saborosos
      com pimenta, com tortilha.
      Você nos dá milho, e café do bom.

         Mãe querida, cuide bem de nós, cuide bem.
      E que a gente jamais pense
      em vender você.

Ela não mora no Céu. Mora nas profundidades do mundo, e lá nos espera: a terra que nos dá de comer é a terra que nos comerá.

Eduardo Galeano, no livro “Os filhos dos dias”.
L&PM Editores, 2ª edição, pág. 247
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