Levantamento
feito pelo Correio mostra que 76% dos cargos das administrações
regionais são ocupados por apadrinhados políticos, especialmente de
parlamentares. Custo da máquina é desproporcional aos investimentos nas
cidades
Área carente do Varjão: a cidade tem em sua administração apenas um concursado e 67 cargos de confiança |
Criadas para aproximar o governo da comunidade e descentralizar as
ações do poder público, as administrações regionais se transformaram em
um cabide de empregos para funcionários comissionados indicados por
políticos, principalmente por deputados distritais. Levantamento feito
pelo Correio mostra que 76% dos cargos nas 31 administrações são
ocupados por apadrinhados que não passaram por concurso público. Dos
3.526 contratados por esses órgãos, 2.692 foram indicados por critérios
políticos, sem passar por seleção pública. Às vésperas de ano eleitoral,
esse exército de comissionados é ainda mais valioso. O inchaço tem
custos pesados: o gasto com pessoal supera os investimentos nas cidades
realizados pelas administrações.
O orçamento das administrações regionais para este ano é de R$ 382,6
milhões. A previsão é de que a folha de pagamentos consuma 40% desse
valor — um total de R$ 156 milhões. Para investimentos, como pequenas
obras e melhorias para as regiões, o GDF previu R$ 146 milhões.
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