Segunda, 30 de setembro de 2013
A notícia de que a utilização da
Base Espacial de Alcântara para o lançamento de peças e foguetes com
componentes norte-americanos estaria entre os assuntos que seriam discutidos
por Dilma e Obama, caso tivesse sido realizada a visita de Estado aos EUA, nos
leva a refletir sobre outro aspecto importante da relação entre os dois países
e o futuro da política espacial brasileira.
Apesar do compromisso – a meu ver
equivocado – de o Brasil não desenvolver armamento atômico, os EUA tem deixado
clara a sua oposição ao desenvolvimento autônomo de foguetes de longo alcance
pelo nosso país, e, a partir deles, de mísseis que pudessem vir a ser
utilizados para transportar ogivas nucleares.
A política espacial brasileira tem, no
momento, duas vertentes: uma, comercial, está voltada para a futura utilização
do Centro Espacial de Alcântara – localizado, estrategicamente, na linha do
Equador, o que permite uma economia em combustível de cerca de 30% – para o
lançamento de satélites, por meio da ACS - Alcântara Cyclone Space (ACS),
empresa binacional criada pelos governos do Brasil e da Ucrânia.