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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 4 de abril de 2017

A Associação de Defensores Públicos do DF quer que a direção do órgão detalhe a forma de aluguel da sede; o edifício pertence à Multi Segurança Eletrônica e Patrimonial, empresa de pessoas ligadas ao distrital Rafael Prudente

Terça, 4 de abril de 2017
A Associação de Defensores Públicos do DF quer que a direção do órgão detalhe a forma de aluguel da sede
Mal-estar na Defensoria

Por Helena Mader -Correio Braziliense/Bruno Peres/Esp. CB/D.A Press


A Associação de Defensores Públicos do Distrito Federal quer que a direção-geral do órgão detalhe a forma de aluguel da nova sede, no SIA. O Tribunal de Contas do DF identificou falhas como dispensa de licitação e falta de critério para a escolha do prédio.

 

O edifício pertence à Multi Segurança Eletrônica e Patrimonial, empresa de pessoas ligadas a Rafael Prudente

 

A investigação do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) que apontou irregularidades na locação da sede da Defensoria Pública gerou mal-estar entre servidores do órgão. A Associação de Defensores Públicos cobrará explicações da direção, que tem autonomia total para gerir os recursos públicos destinados à assistência jurídica para pessoas de baixa renda. No ano passado, o orçamento do órgão foi de R$ 151,5 milhões. Além dos gastos com pessoal, a maior despesa registrada pela Defensoria Pública em 2016 foram os repasses à Multi Segurança Eletrônica e Patrimonial. A empresa é de pessoas ligadas à família do deputado distrital Rafael Prudente (PMDB).

 

Até 2015, a sede da Defensoria Pública funcionava em um edifício no Setor Comercial Sul, no centro de Brasília, ao custo anual de R$ 707 mil. Mas o local apresentava problemas de estrutura e inadequação de espaço para o trabalho dos servidores. Naquele ano, o comando do órgão decidiu alugar outro espaço para abrigar os serviços. Optou-se, então, por um edifício no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), uma área de difícil acesso e longe do centro, o que motivou reclamações de usuários e servidores. O contrato com a Multi Segurança Eletrônica e Patrimonial foi firmado por R$ 1,5 milhão — o dobro do valor gasto com a locação do espaço no Setor Comercial Sul.