Quinta, 27 de abril de 2017
              Felipe Pontes – Agência Brasil
          
  
  
            
    
    
Em um de seus últimos atos como ministro do Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE), o jurista Henrique Neves não aprovou, no último dia 11 
de abril, as contas do PSDB referentes ao ano de 2011.
Neves 
determinou que o partido devolva cerca de R$ 4 milhões ao erário, bem 
como que deixe de receber uma das doze parcelas mensais do fundo 
partidário referentes a 2017 o que, no caso do PSDB, corresponde a R$ 
6,6 milhões. O diretório tucano também deverá destinar R$ 2,1 milhões 
para o incentivo à participação de mulheres na política.
Entre as
 principais irregularidades identificadas pelo ministro do TSE estão: 
despesas com passagens aéreas sem a comprovação de utilização dos 
bilhetes, despesas dos diretórios estaduais sem comprovação da prestação
 de serviços e da vinculação com atividade partidária, não apresentação 
de notas fiscais de hospedagem e pagamento de hospedagem sem utilização 
de diária, entre outros.
A decisão monocrática do ministro 
Henrique Neves não precisou ser referendada pelo plenário do TSE, pois 
uma resolução aprovada recentemente pelo tribunal autorizou que, em 
determinados casos, a reprovação das contas seja decidida 
individualmente pelo relator. 
O mandato de Henrique Neves como 
ministro do TSE terminou no último dia 16 de abril. Ele foi substituído 
pelo jurista Admar Gonzaga.
Por email, o PSDB disse que seus 
advogados já apresentaram recurso contra a decisão, que, para o partido,
 "deixa de cumprir uma etapa importante da análise das contas do PSDB, 
conforme determina a própria resolução do TSE". O partido não esclareceu
 qual etapa de análise teria sido descumprida.
 
 
 
