O atual suplente de deputado Salvador Zimbaldi revela
 a VEJA como recebeu dinheiro da Odebrecht usado para comprar apoio 
eleitoral a Dilma.
Fontes: 
                
     Por Hugo Marques-Revista VEJA
Blog do Sombra 
 Em entrevista a VEJA, Salvador Zimbaldi, suplente de deputado pelo 
Pros, confirma depoimento do executivo Alexandrino Alencar, da 
Odebrecht. Ao Tribunal Superior Eleitoral, Alencar disse ter entregue a 
Zimbaldi um pacote com 500 000 reais durante a campanha de 2014. Segundo
 Zimbaldi, o presidente do Pros, Eurípedes Júnior, realmente lhe pediu 
que fosse ao escritório da Odebrecht em São Paulo e pegasse o pacote. 
“Desconfiei que deveria ser dinheiro”, diz o ex-deputado federal. 
Zimbaldi conta que entregou o pacote a um funcionário do partido, que o 
levou a Brasília para Eurípedes.
 O senhor recebeu um pacote de 500 000 reais das mãos de Alexandrino 
Alencar? O Eurípedes me ligou e pediu que eu pegasse uma encomenda para 
ele. Eu passei lá e peguei. Era um pacote fechado. No período da noite, 
eram umas 9 horas, o Moacir Dias Bicalho Júnior [atual vice-presidente 
nacional do PROS], funcionário do partido, passou na minha casa e levou o
 material para o Eurípedes em Brasília.
 Como o senhor sabe que era dinheiro? O pacote estava lacrado, um papel 
pardo, fechado. Eu imaginei que fosse o que de fato era. Agora, quero 
deixar claro que não ficou um centavo sequer comigo. Não peguei nada, 
nada, nada. Tudo ficou com o Eurípedes.
 Era dinheiro para alguma campanha? Ele pediu para pegar uma encomenda 
para ele. Eu entendi que era um negócio dele. Nem sabia se era para o 
partido. Ele me pediu um favor. Peguei e repassei.
 O senhor sabia da venda do tempo de TV? Soube depois. Olha, eu me sinto
 mais do que usado pelo Eurípedes. Eu fui amigo dele durante todo o 
processo, eu procurei ajudar na formação do partido, eu fui o primeiro 
deputado a entrar no partido.
 Se a Justiça chamar o senhor para depor, vai confirmar tudo no 
depoimento? Não tenha dúvida disso. Vou falar o quê? Que isso aí foi 
usado totalmente para ele, não foi para o partido. Na verdade, eu 
acabava bancando sozinho todas as despesas do escritório estadual,porque
 o Eurípedes nunca mandou nenhum centavo de fundo partidário pra gente.
 O presidente nunca pediu nada? Ele queria que eu arrecadasse 150 mil 
reais por mês. Eu cheguei e falei para ele: “Só se eu for assaltar 
carro-forte”. E pedi para sair.

 
 
 
