Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Animais ao volante

No começo desta manhã de segunda-feira, 14 de setembro, em frente ao Colégio JK no Setor Central do Gama um pequeno cachorro, talvez de rua, pelo tanto de carrapicho que levava no pelo, atravessou sozinho a faixa de pedestres. Em total segurança, pois os motoristas pararam para deixá-lo passar. Na faixa da outra pista, quase no mesmo instante um motorista acelerou e não atendeu sequer ao sinal de alunos que tentavam passar. Ao meu lado uma senhora deixou escapar o comentário. “Ali um animal na pista. Aqui um animal ao volante!”
É, ela tinha razão. Era de fato um animal ao volante (que me perdoem os animais). Esse tipo de animal é cada vez mais visto nas ruas do Gama. E também é vista gente mal-educada que não respeita nos estacionamentos da cidade as vagas destinadas às pessoas portadoras de dificuldades de locomoção e também as reservadas aos idosos.  Interessante é que normalmente não ocupam as vagas dos “veículos oficiais”. Será por quê?
Outro dia no Setor Central do Gama, em frente da loja Polyélle, por mais de uma hora as duas vagas para idosos foram ocupadas por animais, perdoem, motoristas jovens, e também por duas motos que eram pilotadas por dois rapazes malhados (ou bombados, como dizem por aí). Enquanto isso, quatro veículos com motoristas idosos não puderam estacionar onde teriam direito. Dois saíram do estacionamento, andaram mais de 300 metros talvez, e conseguiram parar ao lado de um posto de gasolina que há no Setor Central. E os dois bombados? Ora, batiam papo no passeio. E a polícia? A polícia não apareceu nessa mais de uma hora. Reclamar só se fosse ao bispo.
Essa situação se repete em todos os estacionamentos da cidade. Onde haja um estacionamento com vagas especiais, haverá um animal, digo, um mal-educado, ocupando irregularmente tais vagas. E cabe ao Estado coibir essas transgressões ao Código de Trânsito Brasileiro.