Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Cargos numa mão, chibata na outra

O velho, e já morto, cacique da política baiana, o ex-governador, ex-senador, ex-ministro, e ex-quase tudo, ACM, Antônio Carlos Magalhães, parece que fez escola também no partido Democratas aqui de Brasília. O baiano, segundo seus próprios correligionários e jornalistas da capital da Bahia, de quando em vez lembrava qual era o seu método de manter o grupo político ao seu redor, submisso as suas vontades. Dizia que fazia política e governava com o dinheiro numa mão e a chibata na outra.

O governador Arruda, que esteve envolvido juntamente com ACM no caso que ficou conhecido como “Painel do Senado”, e que também renunciou ao Senado como fez o senador ACM para escapar da cassação do mandato, aprendeu rápido com o seu colega de Dem. Pelo menos é o que pode se deduzir da informação do Blog da Paola, que dá conta do método de persuasão usado com a chamada base parlamentar do governador na Câmara Legislativa do DF (CLDF). Ele teria usado cargos de apadrinhados de deputados distritais numa mão e agitado, estalado, a chibata na outra.

É aquela história do “dá ou desce”. Ou os deputados implodiam logo as duas novas CPIs na CLDF – a Digital e a da Saúde -,  que poderiam ferir de morte a sua reeleição para o Buriti/Buritinga, ou perdiam, de imediato, os mais de 600 cargos de apadrinhados na estrutura do executivo. Com as ameaças da perda dos cargos numa mão e a chibatada iminente na outra, o governador teria “persuadido” deputados. Eles resolveram dar. Não toparam descer.

Agora caberá aos deputados que “deram”, traçar estratégias de como fazer com que seus eleitores não percebam o papelão que fizeram, impedindo a sociedade de conhecer o que de fato acontece na administração da saúde do GDF e no âmbito da Secretaria de Ciência e Tecnologia (CPI Digital). Quanto à CLDF, coitada, não terá como ter a cara livrada. Leia também