Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Somos nós os bandidos?

Sábado, 5 de dezembro de 2009
Em 22 de agosto deste ano, um sábado, em reportagem de meia página da capa do Caderno Cidades do Correio Braziliense, a jornalista Helena Mader explorou o conflito criado na comunidade do Gama pela "Lei" 780/2008. Essa “lei” é a que permitiu a doação, a militares da PM e dos Bombeiros, das passagens de pedestre e áreas verdes da cidade. A jornalista ouviu moradores, líderes dos militares e também o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab), José Luiz Naves.

De acordo com a reportagem do Correio, o presidente da Codhab declarou, referindo-se às passagens de pedestres (que ele teima em chamar de becos), que “Essas áreas ficavam abandonadas, escuras, eram abrigo para bandidos”.

Percebam o termo que o auxiliar de Arruda usou: Bandidos. O Gama Livre não vai agora fazer qualquer comentário sobre as infelizes declarações do senhor José Luiz Naves. Isso até mesmo porque a “Lei” 780/2008 foi declarada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), no último dia 24 de novembro, como totalmente nula, inclusive desde a sua origem, declarada como se nunca tivesse existido, daí que todas as decisões e providências que tiveram por base a tal lei. Todas elas.

O que o Gama Livre faz agora, para reflexão de todos, é postar um dos vídeos gravados com autorização judicial e que faz parte, não da “Lei” 780, mas sim do inquérito 650 da Polícia Federal/Superior Tribunal de Justiça. As conclusões sobre essa história de bandidos podem ser tiradas por vocês. Usei a palavra Lei entre aspas por ela - a lei 780 - jamais ter existido, segundo a decisão do TJDFT.
Veja se bandido é quem usa as passagens de pedestres...