Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Requião Presidente

Quinta, 3 de junho de 2008
Em nome do PMDB do Rio Grande do Sul, o senador Pedro Simom registrou ontem  (3/6) na direção nacional do partido a candidatura de Roberto Requião à Presidência da República.
Isso deixa contrariados os caciques do PMDB, aqueles de sempre, que já negociaram, pela cúpula, o apoio do partido à candidatura de Dilma Rousseff.
Nesse conchavo de Renan, Sarney, Jader Barbalho e companhia, a Executiva Nacional do PMDB indicou Michel Temer, atual presidente da Câmara dos Deputados, para a vice de Dilma. É o PMDB em último lugar nas negociações.
Simom, um dos respeitáveis senadores da república, bate firme. Lembra que esses mesmos caciques foram os que apoiaram o governo de FHC e depois o de Lula.
Eles topam qualquer parada, desde que mantenham as benesses, os cargos, o prestígio com o Rei.
Apesar da disposição de Simom e de Requião, que autorizou sua indicação, vai ser muito difícil o PMDB, que é controlado a peso de ouro pela cúpula, decidir-se pelo ex-governador do Paraná. São muitos cargos e muitas promessas em jogo.
Além do mais, numa época em que o engodo da globalização continua cooptando políticos que se diziam nacionalistas e de esquerda, e não só políticos, mas partidos inteiros, a cruzada de Simom e Requião tem poucas chances de sucesso, a despeito da base do partido desejar uma mudança de rumo do PMDB. Mas o partido é conduzido burocraticamente por uma cúpula que pouco guarda relações com as lutas e bandeiras do antigo PMDB, melhor, do combativo MDB.