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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ônibus voltam a circular em Brasília depois de três dias de greve dos rodoviários

Quinta, 26 de junho de 2010
Da Agência Brasil

Brasília - A greve no transporte público do Distrito Federal terminou hoje (24). Reunidos em assembleia nesta manhã (24), os rodoviários aceitaram o reajuste salarial de 9% proposto pelo governo local e pelos empresários do setor. Com isso, os ônibus voltaram a circular normalmente em Brasília e nas cidades-satélite depois de três dias de paralisação. Apesar do reajuste, as tarifas não serão alteradas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, a negociação foi muito complicada, mas terminou favorável à categoria. “Foi uma vitória porque na briga entre governo e empresários éramos o lado mais fraco, mas mesmo assim conseguimos um bom reajuste, além de manter o acordo coletivo”, afirmou após a assembleia.

Durante a negociação, que só foi fechada de madrugada, ficou decidido que o governo vai fazer uma auditoria nas planilhas de custos das empresas de ônibus para verificar se há necessidade de reajuste de tarifa. O resultado deve sair em um mês.

Apesar do último aumento ter ocorrido em 2006, Brasília ainda tem a passagem mais cara do país, seguida de Florianópolis (SC), Campo Grande (MS) e Belo Horizonte (MG).

Com o fim da greve, os veículos piratas devem parar de rodar. Durante os três dias, o transporte ilegal foi uma das poucas alternativas que a população do DF teve para se locomover. “Se não fosse essa van pirata, eu não tinha conseguido voltar para casa”, disse o professor de informática, Alan Batista. “Teve gente que cobrou até R$ 20 em uma linha que custaria R$ 3 normalmente”, disse o cobrador de uma dessas vans, Rodrigo Molina.

A falta de ônibus provocou reflexos, principalmente, no comércio. O Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal estima que cerca de 30% dos funcionários não conseguiram chegar ao trabalho nos três dias de greve. De acordo com a Secretaria de Transportes do DF, 1 milhão de pessoas usam os ônibus da capital do país.