Domingo, 1 de dezembro de 2012
Na campanha para o Buriti, em
2010, o setor de saúde era o xodó do candidato Agnelo. Ele, médico, jurava que
em 100 dias de governo resolveria todos os problemas da saúde no DF. Já
governador, passaram-se os tais 100 dias e nada aconteceu de bom na área. Chegou
o ano de 2012, passaram-se os 365 dias de 2011 e também nada de melhoria nos
serviços públicos de saúde. Mais ainda, pioram a cada dia com uma administração que se revela ineficaz.
Mas Agnelo parece que num ponto
continua firme. Dizia ele na campanha que o problema na saúde não era carência
de dinheiro, mas questão de gerência. A sua gerência, contudo, não funciona e
os recursos destinados à área continuam escassos, pelo menos se comparados aos
milhões que são docemente carreados para a insensatez das obras que têm como
justificativas a realização de alguns jogos da Copa do Mundo de 2014.
A Lei Orçamentária Anual —LOA—, proposta pelo governador e aprovada recentemente pela CLDF, destina apenas R$443 milhões para gastos com a saúde, área que atende milhares e milhares de pessoas a cada ano no DF. Já para a construção do elefante branco, o Estádio Nacional de Brasília, o doutor Agnelo destinou R$500 milhões. Bela escala de prioridade de um governante.
Ah, com educação pública, que
também beneficia milhares de crianças e famílias, o governo destinou apenas
R$359 milhões.
Depois o governador não gosta quando se diz que ele deixou de ser um secretário de saúde, como prometeu na campanha, para ser apenas o secretário de esporte.