Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 19 de março de 2012

A solução para a greve dos professores depende de Agnelo

Segunda, 19 de março de 2012
Por: Washington Dourado
Em 2011 o Governo Agnelo propôs um acordo ao Sindicato dos Professores que logo após foi aprovado pela Assembleia da categoria. Entre outros pontos ficou firmada a reestruturação da Carreira do Magistério Público que deveria ser aprovada até o final do ano passado e entrar em vigor já no início de 2012. Apesar das insistentes cobranças do sindicato, a resposta do Governo Agnelo foi romper o acordo e jogar a categoria na greve.

Nos últimos dias tentamos buscar uma solução negociada e a resposta da equipe econômica do Governo do Distrito Federal foi refratária a um entendimento no sentido de não atender o pleito da categoria neste ano. A equipe de “falcões” do GDF: Edson Nascimento, Wanderly, Marcelo Piancastelli e Wilmar Lacerda optou claramente pela radicalização com os professores, tudo para também não atender as demandas de outras categorias. A falácia da Lei de Responsabilidade Fiscal não convenceu, já que a própria legislação afirma que os recursos federais repassados ao DF não contam para efeito da LRF. Um exemplo são os 285 milhões provenientes do FC que são usados para custeio na Educação quando deveria ser utilizados no pagamento dos salários, liberando assim recursos do Tesouro local para a parte de custeio da máquina administrativa da SEDF.

Mesmo que com a greve o que se vê é uma categoria disposta a resolver o impasse através de negociação, mas com um processo verdadeiro de busca de acordo a partir de propostas concretas, de avanços “palpáveis” que atendam as expectativas imediatas e futuras, como combinado no ano passado.

A solução para a greve dos professores agora depende de decisão política. Os técnicos do Governo já fizeram a sua parte, que por sinal foi muito ruim e só motivou a greve. Agora é a vez do Governador Agnelo Queiroz aparecer, demonstrar para a sociedade que quem governa é ele e fazer opções políticas como é de se esperar que um governante faça. Encontrar o dinheiro necessário para atender as demandas da categoria depende de decisão política, não da boa vontade de secretários insensíveis politicamente, cujo principal atributo é ter sido do FMI ou do Banco Mundial.

A solução para a greve dos professores depende do Governador Agnelo. Enquanto esta decisão não sai o PT vai se desgastando cada vez mais.

Fonte: Blog do Washington Dourado