Segunda, 2 de
fevereiro de 2015
Do MPF
Em
discurso na abertura do ano judiciário, procurador-geral destacou também temas
como poder investigatório do MP, financiamento de campanhas eleitorais e
melhorias do sistema carcerário
Solidificar
o combate à corrupção será um dos focos do Ministério Público em 2015 e também
deve merecer atenção dos Poderes para fortalecer as instituições e o regime
democrático, segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O assunto
teve destaque no discurso de Janot na sessão de abertura do ano judiciário,
nesta segunda-feira, 2 de fevereiro, no Supremo Tribunal Federal. “A estratégia
até agora adotada, de seguir o caminho do dinheiro, parece ter sido correta”,
observou.
Outros
temas de grande relevância neste ano, segundo Janot, serão a reafirmação do
poder investigatório do Ministério Público, o debate acerca do financiamento
público e privado de campanhas eleitorais, as melhorias das condições do
sistema carcerário, a revisão da Lei da Anistia, o uso da repercussão geral
para garantir mais celeridade da Justiça, e a valorização das carreiras dos
servidores do Judiciário e do Ministério Público.
“No
que toca especificamente à Chefia do Ministério Público da União, a
responsabilidade institucional, que não é pequena, ganha maior dimensão no
momento nacional vivido”, afirmou o procurador-geral, que garantiu: “tenho que
os desafios que se avizinham hão de ser enfrentados com serenidade, porém com
firmeza, com independência e com responsabilidade.”
Parceria com o Judiciário - “O maior acesso à
jurisdição, ao passo que traz cidadania ao nosso povo, traz consigo o
inevitável e vertiginoso aumento do número das demandas submetidas à apreciação
do Poder Judiciário”, analisou Janot. Quanto ao desafio de garantir maior
eficiência à Justiça, o PGR frisou “o desejo de que o Ministério Público
brasileiro continue a aprofundar a parceria com o Poder Judiciário, ao permitir
que a celeridade processual, balizada pelo devido processo legal, permita a dar
aos brasileiros um país cada dia melhor.”