Num dia entra, logo adiante sai. Parece até boicote contra
Rodrigo Rollemberg, ou contra o povo do DF. Apoiadores da sua campanha nas
últimas eleições —ou políticos cooptados após a posse em primeiro de janeiro— só podem
estar de sacanagem contra o governador. É pipoco no Detran, é derrapada no
Departamento de Estradas de Rodagem (DER), é subsecretário caindo antes de
entrar, é chabu de indicado para a Secretaria de Saúde. Toda dia alguém
indicado por correligionários do governador tem que deixar o GDF.
Agora é a vez do chefe de gabinete da Administração
Regional da Estrutural, afilhado de algum político, ter que sair. Almir Fonseca Bento, esse é o nome, nem
deveria ter entrado, pois sobre ele recaem pesadas acusações de, por exemplo,
lavagem de dinheiro do escândalo da operação Miqueias, que a Polícia Federal
realizou em 2013. Essa operação apurou fraudes contra fundos de pensão no DF e
em Goiás.
O interessante é que sempre que a coisa estoura e o
sujeito tem que sair do governo, os padrinhos desaparecem. Aí ninguém diz que o
afilhado é dele, que o acusado é, sequer, seu conhecido. Quando muito, diz que
conhece “de longe”, que nunca teve intimidade, que viu “assim, assim”, na campanha.
Enquanto as coisas estouram, os padrinhos desaparecem, e os
afilhados são obrigados a se escafederem, o governo Rollemberg sente o golpe e
vai se desgastando a cada dia que passa.
Mas que é sacanagem o que estão fazendo com o governo
atual, é. Que o governo está sendo incompetente no filtrar os peixinhos (e
peixões), está. Vamos ver no que vai dar lá na frente.