Quarta, 10 de junho de 2015
Da Agência Brasil Edição: Carolina
Pimentel
O ex-cabo da Polícia Militar (PM) Wiliam de Paula, acusado
pela morte do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, em 2008, foi
condenado a 18 anos de prisão em regime inicial fechado. O julgamento no 2º
Tribunal do Júri da cidade do Rio de Janeiro terminou na madrugada de hoje
(10).
Em 2008, William de Paula tinha sido absolvido do crime de
homicídio e foi condenado à pena de prestação de serviços comunitários, pelo
crime de lesão corporal, mas o Ministério Público pediu a realização de um novo
júri, que resultou na condenação.
João Roberto estava no carro com a mãe, Alessandra Amorim
Soares, quando o veículo foi atingido por tiros disparados de uma viatura da
Polícia Militar (PM), em uma rua da Tijuca, na zona norte da cidade, em 6 de
julho de 2008. O menino foi baleado e morreu.
O juiz Jorge Luiz Le Cocq D' Oliveira, que sentenciou
William de Paula, considerou que os policiais tiveram culpa e não adotaram
cautelas mínimas. Ainda segundo o magistrado, nada justifica a atitude dos
policiais, mesmo que no interior do veículo houvesse criminosos.
De acordo com a decisão de D' Oliveira, "as
consequências do evento não poderiam ser mais dramáticas, perdendo uma criança
de três anos estupidamente a sua vida, o que causou profunda comoção, à época,
na sociedade carioca e em todo o país".
O ex-policial William de Paula e o ex-soldado Elias
Gonçalves da Costa estavam perseguindo criminosos, quando, segundo eles,
confundiram o carro de Alessandra com o veículo dos bandidos. Elias Gonçalves
foi absolvido do crime de homicídio em um segundo julgamento, em 2011.