Quarta, 24 de
junho de 2015
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O Ministério Público Federal pediu hoje (24) ao juiz
federal Sérgio Moro a decretação da prisão preventiva do ex-diretor da
Odebrecht Alexandrino Alencar. Ele cumpre prisão temporária desde sexta-feira
(24), cujo período vence hoje.
No pedido, o Ministério Público (MPF) diz que há provas
concretas de que o ex-diretor, que pediu afastamento da empresa após ser preso,
atuava no pagamento de propina para obter contratos com a Petrobras.
Segundo a acusação, mesmo com o afastamento de Alexandrino
de suas funções na empresa, ele deve continuar preso, porque ainda tem
influência para interferir na investigação.
“A prova coligida aponta para o fato de que Alexandrino,
enquanto diretor da Odebrecht, portanto sob as ordens de seu presidente,
Marcelo Bahia Odebrecht, reunia-se com o Alberto Youssef e José Janene para
negociar o pagamento de propina dirigida ao grupo político que se beneficiava
dos contratos firmados com a Petrobras”, diz o MPF.
Em depoimento complementar de delação premiada, o
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa confirmou à
Polícia Federal que recebeu propina da petroquímica Braskem, para agilizar a venda de nafta pela petroleira.
Costa disse
que, entre 2006 e 2012, recebeu em média US$ 3 milhões a US$ 5 milhões por ano,
em contas na Suíça. O ex-diretor disse que participou de uma reunião na qual
estava presente Alexandrino Alencar, ex-executivo da Odebrecht, controladora da
Braskem, para tratar dos pagamentos.
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