Sábado, 27 de junho de 2015
Do ESQUERDA.NET
Ministro das finanças lamentou
que Eurogrupo tenha rejeitado proposta de extensão do programa por uns
dias para permitir ao povo grego votar as propostas dos credores.
Varoufakis frisou ainda que o governo não podia aceitar “as
consequências recessivas das propostas”, sublinhando, contudo, que “só o
povo grego poderá decidir”. Presidente do Eurogrupo intensificou
chantagem.
27 de Junho, 2015 - 19:31h
“A
recusa do Eurogrupo em aceitar a nossa proposta de extensão do acordo
por uns dias, umas semanas, para permitir ao povo grego votar as
propostas dos credores, irá certamente afetar a credibilidade do
Eurogrupo como uma união democrática de Estados-membros parceiros. Temo
que o dano seja permanente", avançou o ministro das finanças grego em
conferência de imprensa.
Yanis Varoufakis afirmou, por outro lado, que o executivo não podia aceitar “as consequências recessivas das propostas dos credores” e que “nada no acordo iria eliminar o medo de um grexit”, sublinhando, contudo, que “o governo não tinha mandato” para rejeitá-lo.
“Só o povo grego poderá decidir”, frisou, garantindo que se os gregos disserem que sim, o governo assinará o documento.
"É um dia triste para a Europa, mas vamos ultrapassá-lo", referiu Varoufakis, vincando que está “absolutamente determinado em encontrar uma solução” e que ainda é possível chegar a um acordo.
O ministro das finanças grego recusou ainda a ideia de que o referendo será sobre o euro: “Quem disser que o referendo é sobre o euro está a colocar uma interpretação duvidosa sobre um facto claro - não há dispositivos para a saída da união monetária”.
Eurogrupo intensifica chantagem
Durante a conferência de imprensa que teve lugar esta tarde, o presidente do fórum dos ministros das Finanças da zona euro, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que o Eurogrupo adotou uma declaração a 18 - que não foi subscrita pela Grécia - e que a reunião iria prosseguir sem o governo grego, "para discutir consequências" e "preparar passos que seja necessário dar" para "assegurar que a estabilidade da zona euro se mantém ao seu nível mais elevado".
Dijsselbloem frisou que o programa de assistência terminará na noite de terça-feira, rejeitando a proposta da sua extensão por uns dias para permitir aos gregos pronunciarem-se sobre o acordo.
O presidente do Eurogrupo vincou, por outro lado, que a votação no sim no referendo terá duras consequências e que o governo grego continuará a ter de honrar as suas obrigações financeiras.
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Yanis Varoufakis afirmou, por outro lado, que o executivo não podia aceitar “as consequências recessivas das propostas dos credores” e que “nada no acordo iria eliminar o medo de um grexit”, sublinhando, contudo, que “o governo não tinha mandato” para rejeitá-lo.
“Só o povo grego poderá decidir”, frisou, garantindo que se os gregos disserem que sim, o governo assinará o documento.
"É um dia triste para a Europa, mas vamos ultrapassá-lo", referiu Varoufakis, vincando que está “absolutamente determinado em encontrar uma solução” e que ainda é possível chegar a um acordo.
O ministro das finanças grego recusou ainda a ideia de que o referendo será sobre o euro: “Quem disser que o referendo é sobre o euro está a colocar uma interpretação duvidosa sobre um facto claro - não há dispositivos para a saída da união monetária”.
Eurogrupo intensifica chantagem
Durante a conferência de imprensa que teve lugar esta tarde, o presidente do fórum dos ministros das Finanças da zona euro, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que o Eurogrupo adotou uma declaração a 18 - que não foi subscrita pela Grécia - e que a reunião iria prosseguir sem o governo grego, "para discutir consequências" e "preparar passos que seja necessário dar" para "assegurar que a estabilidade da zona euro se mantém ao seu nível mais elevado".
Dijsselbloem frisou que o programa de assistência terminará na noite de terça-feira, rejeitando a proposta da sua extensão por uns dias para permitir aos gregos pronunciarem-se sobre o acordo.
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