Quarta, 24 de junho de 2015
Da Carta Capital
Por Vladimir Safatle
A economia é um campo de
saberes peculiar. Desde que as discussões sobre economia política e
formação socioeconômica saíram paulatinamente de circulação, desde a
troca de Celso Furtado por Gary Becker, a economia procura nos levar a
acreditar que ela não seria exatamente uma ciência humana, mas algo
próximo de uma ciência matemática. Sendo assim, os sujeitos que aparecem
como agentes econômicos não parecem mais ser portadores de crenças,
desejos e afetos. Antes, eles seriam agentes maximizadores de
benefícios. Seus sistemas de interesses poderiam ser descritos a partir
de uma pretensa racionalidade fundada em cálculos de custos e ganhos
passíveis de mensuração e quantificação. Leia a íntegra