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Leão, a
Celina Leão (PDT) ungida presidente da Câmara Legislativa do DF por obra e graça de
articulações comandadas pessoalmente pelo governador Rollemberg, não demorou em
mostrar suas garras. Não apenas mostrar, mas arranhar quem lhe amparou naquela
luta.
Dissimulado,
como todos os felinos, o rei da selva se agacha, olha para o lado, fica imóvel
por trás da vegetação rasteira —e coloca rasteira nisso quando se trata de
CLDF— retesa os músculos e dispara em direção à caça, ao poderoso príncipe.
Será uma batalha de rei contra o príncipe? (a palavra Rodrigo significa
‘poderoso príncipe’).
Resta saber
se o Rodrigo de Brasília é poderoso ou não tanto. Nas eleições passadas,
mostrou poder ao receber cerca de 44% dos votos dos 100% de eleitores que o DF
possui. Em tese, haveria aí um contingente representado por uns sessenta e
tantos por cento de eleitores brasilienses que não aceitou votar nele, visto
que entre votos nulos, brancos e abstenções há de ter um ‘percentualzinho’ de
que o apoiaria. A maior parte, não. Mas foi no Brasil, de fato, a maior votação
percentual obtida por um candidato a governador em segundo turno, em 2014.
Leão
declara como razão de sua decisão em deixar a base parlamentar de Rollemberg a
existência de petistas em cargos de destaque do GDF, especialmente na Casa
Civil. Mas a presa na mira de Leão é outra, ao que tudo indica. É o legítimo
objetivo de voar, melhor, pular mais alto. Até mesmo para se agasalhar na Cova
Buriti em 2018.
Para todo
leão, quanto mais fragilizada a caça esteja, melhor. E o governo Rollemberg se
encontra numa fase ruim, parece até paciente em fila de hospital público no DF.
Não tem médico, não tem agulha, não tem antibiótico, não tem UTI, não tem luva,
sequer capa para o pessoal de enfermagem, que é obrigado a improvisar com saco
de lixo.
Pesquisa de
opinião pública (se é que esse troço é feito com eficácia) dá ao governo
Rollemberg mais de 46 por cento de rejeição. Uma caça momentaneamente
fragilizada. Quer melhor ocasião que essa para romper com o governo? E Leão,
esperta como é, não perde o bote.
Se é para sair
da base parlamentar em razão da presença de petistas em cargos de destaque na
estrutura de mando do GDF, Leão poderia rugir também contra a presença, aí sim,
significativa de rorizistas, arrudistas, rossistas, luizistas (Estevão)
pendurados no governo. É verdade que esses ‘istas’ listados atrás é tudo um só
e são ex-companheiros (ex?) de Leão. Ou alguém continua enganado achando que a cova de Leão é o PDT?
E
Rollemberg corre o risco de ficar só. Poderia, se fosse um cara de
enfrentamento, tentar recuperar seu prestígio e partir para a mobilização da
população. Queria ver os raríssimos distritais que votariam contra os
interesses do DF, vendo alguns milhares de pessoas se manifestando na CLDF.
Mas Rodrigo
é um bom garoto. Não é, infelizmente, de partir para o embate aberto.
Continuará
recebendo arranhadas de leões, jacarés etc. Que possa escapar dos ataques.
Que Deus
seja por nós, pobres moradores do DF.