Sábado, 18 de junho de 2016
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Segundo as
investigações, Cleto é suspeito de ter ligação com o presidente afastado
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). De acordo com
inquérito que tramita na Corte desde março, Cunha foi citado nos
depoimentos de delação premiada dos empresários Ricardo Pernambuco e
Ricardo Pernambuco Junior, da empreiteira Carioca Engenharia.
Os
delatores afirmaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Cunha e
Fábio Cleto cobravam propina para liberar verbas do Fundo de
Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) para
construtoras nas obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
Os
fatos fazem parte de uma terceira denúncia apresentada na semana passada
contra Cunha ao Supremo. Em nota, Cunha disse que nunca recebeu
vantagem indevida e afirmou que o procurador-geral da República é
“seletivo” na apresentação de denúncias contra ele.
Cleto foi
exonerado do cargo no dia 10 de dezembro do ano passado pela presidenta
afastada Dilma Rousseff. Na época, Eduardo Cunha negou que o
ex-vice-presidente da Caixa tenha assumido o cargo por sua indicação.