Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Lava Jato: mandados buscam provas de propinas pagas a membros da CPMI da Petrobras

Segunda, 5 de dezembro de 2016
Do MPF
Nove mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta segunda-feira, 5 de dezembro
A pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Lava Jato. A nova fase, realizada nesta segunda-feira, 5 de dezembro, foi batizada de Operação Deflexão. As diligências foram realizadas por policiais federais acompanhados por membros do Ministério Público Federal e por auditores da Receita Federal.

Os fatos são investigados no Inquérito 4261, em tramitação perante o STF, que apura solicitação, por parlamentares, de contribuição de empresários (o clube das empreiteiras) para que não fossem convocados a prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras, instalada em 2014. Os executivos apontaram repasses de mais de R$ 5 milhões para evitar retaliações e contribuir para campanhas eleitorais.  

Os mandados são cumpridos em Brasília, Paraíba e Rio Grande do Sul, nos endereços pessoais, funcionais e empresariais relacionados a dois investigados: o deputado federal Marco Maia (PT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo Filho, respectivamente relator e presidente da CPMI da Petrobras em 2014. 

Em razão das mesmas irregularidades, o ex-senador Gim Argello, vice-presidente da CPMI à época, foi condenado a 19 anos de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela 13ª Vara Federal de Curitiba.