Segunda, 5 de dezembro de 2016
Por Juliana de Freitas Nascimento, professora e moradora de Samambaia, DF.
Falar
sobre drama familiar, mas que também é a rotina de descaso com os pacientes
renais do DF, minha tia Maria de Lourdes paciente renal crônica, diabética e
hipertensa, há anos fazendo tratamento, há anos na rede pública do DF, não
conseguiu vaga para fazer hemodiálise na rede pública do DF. Só encontrou vaga
em uma clínica em Águas Lindas sem estrutura para UTI. Ela está também na fila de
espera de transplante para pacientes renais.
Desde
outubro as taxas desequilibraram, potássio alto, ureia, creatina, única
informação era que deveria fazer uma dieta que reduzisse alimentos que
contenham essas substâncias. O que já ocasionava espasmos, pequenas convulsões,
chamávamos o serviço de saúde, à única resposta: isso só melhorará na diálise.
No dia 30 de Novembro o Samu levou minha tia
para UPA de Samambaia por conta de crises convulsivas ocasionadas pelo nível de
ureia alto. Precisa urgentemente de hemodiálise. Ela melhorou o quadro e foi fazer diálise na
clínica que a acompanha em Águas Lindas, mas não chegou a iniciar o
procedimento e começou a passar mal, foi para o Hospital Bom Jesus em Águas
Lindas e de lá para a UPA de Samambaia. Que desde então tem acompanhado com
dedicação e cuidado da saúde de minha tia. Entretanto, não tem a estrutura para
UTI e para realizar a diálise. A família entrou em uma luta contra o tempo.
Para encontrar vaga de UTI COM ESTRUTURA DE HEMODIÁLISE. Entramos com ação no
Ministério público via defensoria para que GDF acate a decisão de uma vaga na UTI.
Foi estipulada 48 horas para achar vaga de UTI na rede. Já se passaram as 48
horas e o GDF- SECRETÁRIA DE SÁUDE está descumprindo a decisão. Há uma recusa
nos hospitais particulares de leitos de
UTI, porque o GDF não pagou o convênio com os hospitais particulares.
Sábado
faltou uma medicação chamada Sorcal 30 mg que é responsável pela diminuição do
potássio do organismo, e que está mantendo ela por um tempo sem diálise,
enquanto não encontra a vaga, mas simplesmente essa medicação acabou nos
hospitais públicos do DF e que é vendida preferencialmente na rede hospitalar,
custa 1.200 reais. A família correu atrás em todas as farmácias e hospitais do
DF e não encontrou, tivemos que trazer a medicação de Teresina no Piauí.
Minha
tia corre risco de morte ela precisa urgentemente dialisar, já teve uma parada cardíaca
e está respirando por aparelhos. Por favor divulguem o descaso do governo do
GDF com a saúde que, apesar de ser um caso particular, é também o drama
coletivo dos pacientes renais do DF. E
indica o descaso do GDF, da Secretária de Saúde com os pacientes do DF.
PRECISAMOS
COM URGÊNCIA DE UMA VAGA PARA UTI- COM ESTRUTURA DE HEMODIÁLISE PARA MARIA DE
LOURDES MAGALHÃES.