Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 18 de dezembro de 2016

No Brasil é mais rentável especular que produzir. Enquanto a dívida pública cresce, a produção industrial cai

Domingo, 18 de dezembro de 2016
Da Auditoria Cidadã da Dívida
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Se você tivesse muito dinheiro, onde você o investiria? Em uma fábrica que possui alto grau de risco e demora alguns anos para ter o retorno ou em títulos da dívida pública que têm maior rendimento (taxa básica de juros em 14,25% - os maiores do mundo!) e risco zero?
Pois é. Com isso, os postos de trabalho que poderiam ser gerados pela fábrica deixam de existir, assim como os bens de consumo que ela produziria para a sociedade. Com a dívida pública gerada, nenhuma contrapartida é gerada para o país, favorecendo a imobilização do capital e a concentração de renda.

Não se trata mais de uma questão de Capital x Trabalho. Atualmente o capital produtivo e os trabalhadores estão sendo soterrados pela especulação financeira. O capital que, às custas do trabalho do povo, aumenta seus lucros sem nada produzir.

Dessa forma, fica fácil entender a precoce desindustrialização brasileira. As próprias políticas econômicas e monetárias implementadas pelo Banco Central fazem com que seja mais vantajoso deixar o dinheiro parado a investi-lo em algo que dê qualquer tipo de retorno ao país.

Artigo publicado pelaAuditoria Cidadã da Dívida
em 19 de agosto de 2016