Domingo, 22 de janeiro de 2017
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Por Chico Sant’Anna
Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios, de 2015, aponta que dos residentes no Plano Piloto, 67,79% declararam-se brancos.
“A Terra é azul” disse, em 1961, o russo Yuri Gagarin, primeiro astronauta a ir para o espaço. Se olhasse hoje para o Plano Piloto, Gagarin repetiria com o mesmo espanto: o Plano Piloto é azul. Na verdade, branco. É o que retrata o Mapa Racial do Distrito Federal, elaborado a partir dos dados do Censo do IBGE de 2010. No mapa, cada cidadão representa um ponto e a cor desse ponto é definida em função da raça auto-declarada pelos cidadãos moradores na Capital Federal. O local desse ponto é a residência de cada indivíduo.

A maior parcela dos brasilienses não brancos só vem ao Plano Piloto para buscar sustento e estudos. Residem nas cidades mais distantes. Foto de José Roberto Bassul.
No chamado grande Plano Piloto, que inclui os bairros do Lago Sul, Norte, Sudoeste, Cruzeiro, Octogonal e as vilas Planalto e da Telebrasília, se verifica a maior concentração de pontos azuis, ou seja, de cidadãos brancos do Distrito Federal. Somente nas duas vilas citadas, que foram acampamentos de construtoras nos primórdios da capital, a densidade branca não é tão elevada. Existe presença significativa de pessoas que se identificaram como pardas. O mesmo acontece no bairro do Cruzeiro Novo e Velho e no Setor Militar Urbano.
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No mapa, além do azul, que representa as pessoas brancas, o verde são os pardos, vermelho são os pretos, marrom são indígenas e o amarelo são os orientais, com base nas classificações adotadas pelo IBGE. Elaborado para todo o Brasil, agrega 190 milhões de pontos. É uma ferramenta interativa elaborada pela empresa Pata, que atua na visualização de dados, criada por três programadores brasileiros. O projeto é inspirado numa tecnologia do Cooper Center for Public Service da Universidade de Virginia – EUA.
Leia a íntegra no Blog Brasília, por Chico Sant'Anna