Terça, 18 de dezembro de 2018
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Alegria de uns, tristeza de outros. Pela decisão do TSE, o gabinete de Telma Rufino (Pros) seja ocupado em janeiro pela estreante Jaqueline Silva (PTB)
Por Chico Sant’Anna,
com base em informações da Ascom/TSE
Aos 45 minutos do segundo tempo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, por maioria de votos do Plenário, na terça-feira (18), o registro de candidatura de Jaqueline Silva, que concorreu ao cargo de deputada distrital pelo PTB-DF. Mantida a decisão, – que em tese não demonstra haver grandes chances de recursos -, a deputada distrital Telma Rufino (PROS) perde a vaga na Câmara Legislativa para a estreante. Telma fica no banco de reservas e Jaqueline toma posse no dia primeiro de janeiro. A decisão do TSE ocorreu no mesmo dia em que no Tribunal Regional Eleitoral do DF eram diplomados os eleitos de 2018.
As reviravoltas podem ser ainda maiores, alterando a composição da CLDF, já que o TSE decidiu reexaminar 28 outros casos semelhantes que envolvem candidatos do PTB-DF. Os nomes deles não apareciam na lista de filiados enviada pela sigla em abril deste ano. Se os votos a todos eles forem validados novas alterações de nomes de distritais poderão ocorrer.
Telma Rufino é ré no processo que investiga suposta falsificação de documentos públicos, inclusive em diplomas escolares por ela utilizados. Em março de 2017, a 15ª Vara Federal do DF a condenou por improbidade administrativa. Foi acusada de autorizar 700 construções particulares em Arniqueiras, quando era gerente da administração regional de Águas Claras, contrariando decisão da Justiça Federal que impedia as obras. A sentença estabeleceu perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos por cinco anos e multa civil de R$ 1 milhão. Como ela recorreu judicialmente até agora nada aconteceu ela foi candidata novamente e nos últimos meses do mandato comandou a tramitação de temas sensíveis como a regularização de Arniqueiras e a própria Lei de Uso e Ocupação do Solo – Luos.