Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Terapia urbana na Avenida W.3

Quarta, 5 de janeiro de 2022
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Por Graco Santos*


Tem dias que a gente sente
Como quem partiu ou morreu
A W.3 estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu…

Tem gente que tem certeza que ela está pela “hora da morte”, nas não, a W.3 não morreu. Ela está muito doente. Quando falamos que uma rua ou avenida está ruim, não estamos falando da qualidade do asfalto, não estamos nos referindo às fachadas feias ou edifícios velhos e mal iluminados. Isso não é a doença. Isso são os sintomas. Essas são as consequências da doença, são os sinais de que aquele lugar da cidade não está nada bem.

A W.3 estava, até outro dia desses, como um doente terminal nos corredores de um hospital. Trazê-la à vida novamente requer que a tratemos como se estivesse em uma UTI. Serão necessárias algumas cirurgias, teremos que ministrar vários medicamentos e remédios, ela ainda vai precisar passar por um ou outro processo, digamos, terapêutico – e será necessário aguardar para ver como ela vai reagir a todo esse tratamento.

O GDF fez uma parte importante, e admitimos que até dia desses estava fazendo direito a parte que lhe cabe – está cuidando da parte mais dispendiosa, a etapa cirúrgica – das calçadas, da acessibilidade para as pessoas com deficiência – está fazendo rampas para que os cadeirantes possam autonomamente utilizar as calçadas. Instalou paraciclos para que os ciclistas possam se sentir seguros ao deixar por ali as suas bicicletas, e até bancos novos foram vistos. O GDF prometeu ainda arrumar algumas praças lindeiras à combalida avenida.