Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 19 de março de 2022

#Covid: Propaganda apócrifa condena uso de máscaras

Sábado, 19 de março de 2022


Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Data: 19/03/2022

A situação da Covid 19 infantil é grave em Brasília. Até o dia 18 de fevereiro, o Distrito Federal havia registrado 6.074 casos de Covid 19 em crianças entre 5 e 11 anos. Em todo o ano de 2020, graças às medidas de barreira sanitárias, foram registrados 5.380 casos. Em 2021, foram 7.245. Portanto, tudo indica que 2022 será um ano em que a contaminação da Covid afetará muito mais crianças.

Por Chico Sant’Anna
Vergonhosa e irresponsável a campanha apócrifa que vem sendo veiculada em alguns ônibus da empresa Central Expresso, que circula na ligação do Distrito Federal a alguns municípios do Entorno goiano. Nos vidros traseiros dos ônibus, tampando toda a janela, uma peça traz o rosto de três crianças, com a mensagem “Chega de Máscaras – Nas escolas ou em qualquer lugar”. Nenhuma autoridade de Saúde, seja ela Federal ou do Distrito Federal, ou mesmo órgão governamental assina a propaganda. A mensagem contraria decisão já tomadas pelo Poder Judiciário, que inclusive está a processar até mesmo parlamentares por contrariarem as medidas sanitárias que podem contribuir para o fim da Pandemia da Covid.

A situação da Covid 19 infantil é grave em Brasília. Até o dia 18 de fevereiro, o Distrito Federal havia registrado 6.074 casos de Covid 19 em crianças entre 5 e 11 anos. Em todo o ano de 2020, graças às medidas de barreira sanitárias, foram registrados 5.380 casos. Em 2021, foram 7.245. Portanto, tudo indica que 2022 será um ano em que a contaminação da Covid afetará muito mais crianças.

Com Doutorado no Canadá em Saúde Pública, a professora da Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília, Fátima Sousa, diz que a campanha presta um desserviço contra a saúde, em especial das crianças de Brasília.

Desserviço contra a saúde pública

Para a professora da Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília, Fátima Sousa, o financiador desse anúncio presta um desserviço contra a saúde pública, ao estimular o descumprimento dos protocolos internacionais para enfrentamento da pandemia. “Um atentado a saúde da população! Nem coragem de assinar a publicidade teve, mas deve responder por esse crime. A pandemia não acabou” disse ela em seu perfil no Instagram.