Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 24 de março de 2022

Metrô: esse trem que não avança

Quinta, 24 de março de 2022

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Terminando o governo, a atual gestão fala novamente em lançar outro edital, ainda até julho. A obra levaria, pelo menos, três anos de execução. Ou seja, pode se esperar para o período pré-eleições de 2026 a inauguração – ou a cobrança da não execução da obra. Até lá, os avanços na mobilidade urbana serão semelhantes ao trânsito da capital: lento e cheio de engarrafamentos. As empresas de ônibus agradecem, ainda mais com subsídios anuais da ordem de R$ 1 bilhão.

Por Chico Sant’Anna
A propaganda do Governo do Distrito Federal, nesse período pré-eleitoral, propaga a existência de mais de mil obras oficiais em execução. Uma tentativa de se construir uma imagem para Ibaneis Rocha semelhante às que foram construídas para Joaquim Roriz e José Roberto Arruda. Há adversários que afirmam estar o GDF contabilizando até reforma de lavatório. O certo, contudo, é que grandes obras estruturantes como o metrô e o VLT, não avançaram nos últimos quatro anos. Promessas de campanha do então candidato Ibaneis Rocha ficaram no papel e o metrô não avançou um milímetro sequer.

Considerado tronco principal da mobilidade urbana no Distrito Federal, o metrô, para ter concluída a sua linha básica, precisa chegar até à Expansão de Samambaia, ao Setor O, da Ceilândia, e ao extremo da Asa Norte. São poucos, porém estruturantes quilômetros, que precisam ser concluídos para que haja uma potencialização máxima da mobilidade sobre trilhos, se reduza os engarrafamentos e que os passageiros tenham mais conforto. A estação do Setor O, por exemplo, possibilitaria integração de passageiros provenientes de Águas Lindas de Goiás.