Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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quinta-feira, 17 de abril de 2025

Hoje assentada, sobrevivente relembra massacre de Eldorado do Carajás: ‘Pista ficou coberta de sangue’

Quinta, 17 de abril de 2025

Tragédia ocorrida no Pará há 29 anos deixou 21 mortos e marca a história da luta de trabalhadores rurais no Brasil


Brasil de Fato — Imperatriz (MA)
Há 29 anos, no dia 17 de abril de 1996, acontecia um dos casos mais emblemáticos de violência contra camponeses no Brasil, quando uma mega operação com 155 policiais banhou de sangue a BR-155, no ponto chamado Curva do S, em Eldorado do Carajás, assassinando 19 trabalhadores rurais na hora e ferindo outras duas vítimas que morreriam dias depois.

As lembranças cruéis do massacre ainda estão vivas na memória de sobreviventes e familiares das vítimas, como Maria Zelzuíta, que aos 60 anos ainda se dedica à luta pela reforma agrária junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado.

“Nós ficamos aqui no meio da pista em fogo cruzado, balas dos dois lados, três mil pessoas no meio dessa pista. Grande, pequeno, jovem, velho, mulheres, corriam para todo lado. Aqui não era plano, era uma barreira, e além de ser uma barreira tinha chovido no dia 16, e antes descia água, depois descia sangue, essa pista ficou coberta de sangue”, relembra Maria, em entrevista ao Brasil de Fato.

Maria participa ativamente das atividades do movimento e hoje é assentada, com a garantia de terra para plantar e viver com a família. Mas lamenta que esse era o sonho coletivo também daqueles que foram assassinados no massacre.

sexta-feira, 28 de março de 2025

Fazendeiros armados atacam acampamento do MST no extremo-sul da Bahia

Sexta, 28 de março de 2025

Famílias foram surpreendidas com ameaças e disparos de arma de fogo; uma pessoa foi agredida e sofreu lesão


Brasil de Fato — Salvador (Ba)
Na manhã desta sexta-feira (28), um grupo de fazendeiros armados, muitos deles encapuzados, invadiu de forma violenta o Acampamento Lindaura Ferreira Lima, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Guaratinga, extremo-sul da Bahia. Segundo o movimento, as famílias agricultoras foram surpreendidas por diversas caminhonetes na entrada do acampamento. Os homens fizeram disparos de arma de fogo e ameaçaram os acampados, exigindo que abandonassem o local.

Durante o ataque, um morador foi agredido e teve o braço fraturado. O MST denuncia que o grupo invasor segue intimidando a comunidade, e que a ação caracteriza uma tentativa de despejo ilegal, feita sem mandado judicial.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Investigação aberta —Executado há um mês em massacre de Tremembé, 'Valdirzão' seria guardião de sementes de assentamento do MST

Segunda, 10 de fevereiro de 2025

Além de Gleison Barbosa, o ataque matou Valdir Nascimento, liderança que impulsionou coleta de sementes agroflorestais

Valdirzão colhendo jerivá na sua agrofloresta, no assentamento do MST em Tremembé - Comunidade Olga Benário

Gabriela Moncau
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 10 de fevereiro de 2025

Sem maiores avanços na investigação, nesta segunda-feira (10) completa um mês do ataque de pistoleiros contra o Assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé (SP). Além dos seis feridos a tiros, o atentado tirou a vida de Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, e de Valdir do Nascimento de Jesus, de 52: Guegué e Valdirzão, como eram conhecidos.

Liderança histórica do MST no Vale do Paraíba e coordenador do assentamento, Valdirzão era também um dos protagonistas da transformação da comunidade em um núcleo de coleta de sementes agroflorestais. Ele tinha sido designado como guardião da Casa de Sementes, ainda em processo de construção dentro do seu lote.

O plano foi interrompido em 10 de janeiro, quando cerca de 25 homens armados, nos cálculos do movimento, abriram fogo contra 15 assentados que faziam uma vigília para impedir a invasão irregular de um lote vazio.

Trinta dias depois, o caso pouco avançou para além da prisão de “Nero do Piseiro”, como é conhecido Antônio Martins dos Santos Filho, que teria confessado participação no massacre. Outro suspeito, Ítalo Rodrigues da Silva, que foi quem bateu boca e ameaçou Valdir dizendo que tomaria posse do terreno, está foragido desde 12 de janeiro. Na última quinta (30), a Polícia Civil cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em São José dos Campos e Taubaté e apreendeu celulares e um carro.

CRIME —Um mês após massacre em Tremembé, investigação prendeu uma pessoa e ainda não identificou mandante

Segunda, 10 de fevereiro de 2025

Ataque armado ao Assentamento Olga Benário resultou em duas mortes e seis feridos

Oito trabalhadores sem-terra foram alvejados durante ataque armado ao assentamento Olga Benário no dia 10 de janeiro - Gabriela Moncau

Leonardo Fernandes
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 10 de fevereiro de 2025

O ataque armado contra o assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé (SP), completa um mês nesta segunda-feira (10). O crime deixou duas pessoas mortas e seis feridas, uma delas em estado grave.

Gilmar Mauro, integrante da direção nacional do MST, conta que a comunidade ficou abalada após o crime, e que foi preciso um esforço coletivo para garantir o mínimo de segurança às famílias. "Nós estamos acompanhando a par e passo, e fazendo um revezamento de pessoas para ajudar no processo interno e garantir algum grau de segurança. Evidentemente não é 'aquela' segurança, mas isso ajudou muitíssimo a que as famílias permanecessem lá. Esse processo tem sido feito desde que aconteceu o episódio do ataque", relata.

O dirigente conta que, desde o ataque armado, o assentamento iniciou um debate sobre a reformulação do espaço, com vistas a garantir uma maior integração da comunidade e o aumento da segurança no local. "Nós estamos em um debate para pensar um projeto para o assentamento. Isso envolve repensar a construção das casas, pensar um projeto de agrovila, novas construções que permita um grau de segurança maior para as famílias. Mas isso a gente vai fazer em comum acordo com a comunidade", diz.

sábado, 13 de julho de 2024

Bem Viver: Arte, cultura e comida saudável na Feira Agroecológica de Brasília

Sábado, 13 de julho de 2024

A Feira da Ponta Norte promove venda de alimentos saudáveis da reforma agrária e agendas culturais - Feira da Ponta Norte de Brasília

Programa traz iniciativa de assentados ligados ao MST para promover soberania alimentar, agroecologia e sustentabilidade

Rafaela Ferreira
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 13 de julho de 2024

A edição do Bem Viver, programa do Brasil de Fato, traz essa semana a Feira Agroecológica da Ponta Norte, que ocorre todo sábado na Quadra 216 da Asa Norte, em Brasília (DF), oferecendo aos moradores uma variedade de produtos oriundos de assentamentos da reforma agrária e orgânicos.

O evento semanal é uma iniciativa de assentados ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para promover a soberania alimentar, a produção agroecológica e sustentável.


Ademilson Oliveira, produtor agroecológico e presidente da Associação Comunitária Agroecológica e de Artesanato da Ponta Norte (Acaapo), explica que a feira foi idealizada para apoiar os produtores de assentamentos, integrantes do MST e aqueles que adotam a agroecologia orgânica.

"Foi uma feira criada justamente para dar um apoio para os produtores. E se tornou uma feira de resistência contra a política que estava sendo no governo Bolsonaro, que estava atrapalhando bastante os pequenos produtores", relembra ele.

A feira é organizada pela Acaapo e pelo Coletivo de Feirantes da Feira Agroecológica da Ponta Norte. Criada em 2019, promove a soberania alimentar e a produção agroecológica e sustentável. Deyvit Souza é um dos produtores agroecológicos que marca presença semanalmente com seus produtos livres de agrotóxicos.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

PELA REFORMA AGRÁRIA —Massacre de Eldorado do Carajás completa 28 anos em meio a tentativas de inviabilizar a luta pela terra

Terça, 17 de abril de 2024

Passados 26 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, a violência contra homens e mulheres do campo segue imperando e deixando marcas de sangue pela terra - Amnesty International

Data do assassinato de 21 camponeses sem-terra é lembrada como o Dia Mundial de Luta Pela Terra

Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 17 de abril de 2024

As mais de 20 ocupações realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra por ocasião do Abril Vermelho de 2024 denunciam uma realidade inquietante: ainda não se avançou o suficiente na luta por reforma agrária desde o 17 de abril de 1996, data do Massacre de Eldorado do Carajás, hoje tornado Dia Mundial de Luta pela Terra.

Há 28 anos, ocorria um acampamento na Curva do S, no município de Eldorado do Carajás, sudeste do Pará. Cerca de 1,5 mil pessoas planejavam marchar até a capital do estado, onde reivindicariam do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a desapropriação da fazenda Macaxeira, ocupada por 3,5 mil famílias sem-terra.

A marcha jamais foi concluída. Na noite de uma quarta-feira, o grupo foi cercado por Policiais Militares que, com extrema violência, assassinaram 21 dos camponeses sem terra e deixaram outros 79 feridos.

A tragédia teve grande repercussão. Inspirou obras de arte, motivou a instituição da data de luta e pressionou o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que criou no ano seguinte o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) — extintos nos governos Temer e Bolsonaro, respectivamente, e retomados com Lula.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Jornada Nacional —MST DF ocupa área de usina que possui dívida milionária com a União

Segunda, 15 de abril de 2024

De acordo com o movimento, Usina deve mais de R$ 300 milhões à União - Divulgação/MST-DFE

Movimento denuncia demora do governo em desapropriar a área que foi oferecida ao patrimônio público para quitar dívidas

Redação
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 15 de abril de 2024

Cerca de mil famílias ocuparam nesta segunda-feira, 15, uma área falida de 8 mil hectares da usina CBB, em Vila Boa de Goiás. De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Distrito Federal e Entorno (MST-DFE) a ação compõe a Jornada Nacional de Lutas em defesa da Reforma Agrária.

Segundo o MST, o intuito da ocupação é denunciar a demora do governo em desapropriar a usina que foi oferecida ao patrimônio da união para quitar as dívidas milionárias, e assim ser incorporada ao Programa Nacional de Reforma Agrária e resolver o passivo de famílias sem terra que vivem na região do DF e Entorno. A Jornada Nacional de Lutas em defesa da Reforma Agrária tem como lema: Ocupar, para o Brasil Alimentar.

Conforme informações do MST, a Usina da Companhia Bioenergética Brasileira ocupa uma área de 8 mil hectares de terra, com dois principais complexos: as fazendas Tábua de Cima e Prelúdio. Além de outras áreas que estão em processo de adjudicação, ou seja, estão sendo repassadas ao patrimônio da união como forma de pagar a dívida milionária que tem com o Estado.

A usina CBB deve mais de 300 milhões de reais, compostas por inúmeras dívidas tributárias, trabalhistas, embargos e multas ambientais, conforme o MST. O movimento destaca que a área da usina, por si só, não quita as dívidas, pois "a fazenda está avaliada em 200 milhões de reais", afirma o movimento.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

MST completa 40 anos de luta pela distribuição de terras no país. Movimento atualmente está presente em 24 estados

Terça, 23 de janeiro de 2024

Publicado em 23/01/2024 - Por Gésio Passos - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

A luta pela terra sempre esteve presente na história do Brasil, fruto da concentração de terras desde o período colonial. Revoltas, guerras e repressão marcaram a disputa pela sobrevivência no país, como as lutas camponesa, indígenas e quilombolas.

No final da década de 1970, ressurgiram as ocupações de terra por camponeses, principalmente na região sul, em meio à forte repressão da ditadura. E a sociedade brasileira se organizava pela redemocratização.

Em 22 de janeiro de 1984, em Cascavel, no Paraná, camponeses, pequenos agricultores, posseiros e excluídos rurais se juntaram no 1º Encontro Nacional dos Sem Terra. Esse evento marcou a fundação do maior movimento social pela distribuição de terras do país, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST).

Para o professor da Universidade de Brasília e pesquisador sobre a questão agrária no país Sérgio Sauer, o MST ampliou as suas lutas ao longo desses 40 anos. "A organização que luta pela terra se ampliou para outras lutas: luta por educação, luta por saúde, luta por condições dignas de vida no campo. A garantia de vida no campo passa pelo acesso à terra, mas acesso com dignidade, crédito, assistência técnica, condições saudáveis de produção, portanto menos violência e assim por diante."

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

PREMIADO —Laticínio do MST na Paraíba é premiado em festival de leite e derivados

Segunda, 6 de novembro de 2923
O queijo caboclo e a manteiga de garrafa Nutrilê da (Coopac-PB) ganharam 2º lugar como melhores produtos do NE

Redação BdF - PB
Brasil de Fato PB| João Pessoa

Adriana Cândido, Presidente da Coopac - Foto: Carla Batista

O queijo caboclo e a manteiga de garrafa Nutrilê da Cooperativa de Caprionovinocultores do Curimataú (Coopac) da Paraíba, foram premiados em segundo lugar como melhor produto na sua primeira participação no 17º Encontro Nordestino do Setor de Leites e Derivados (ENEL).

O festival ocorreu em Campina Grande entre os dias 26 e 28 de outubro, e premiou os melhores produtos derivados de leite em todo Nordeste. Entre os participantes, o Laticínio da Coopac é a única agroindústria da Reforma Agrária e se projeta como uma das mais organizadas cadeias de produção de caprinocultura no estado da Paraíba e no Nordeste.

Famílias que trabalham com a criação de caprinos e agora transformam o leite em queijos, iogurtes, manteigas e outros derivados / Foto: Carla Batista

A representante e uma das responsáveis pelo desenvolvimento dos projetos na região do Curimataú, Adriana Cândido, Presidente da Coopac, relata a importância desse processo para as famílias assentadas e para o desenvolvimento econômico local e regional.

“Esse prêmio é muito importante para nós da cooperativa. Primeira vez que nós participamos do Encontro Nordestino de Leite e Derivados e ganhar duas medalhas de prata, isso mostra o quanto os nossos produtos são de qualidade. Porque é um concurso nordestino com mais de 750 produtos concorrendo e nós, que há menos de três anos estamos nessa luta de organização da produção de leite e derivados, ganhar as duas medalhas de prata é o mesmo que ser de ouro”.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Ação do MST criada na pandemia, Mãos Solidárias recebe prêmio Pacto Contra a Fome da ONU

Quinta, 26 de outubro de 2023

Paulo Mansan, do MST, recebe premiação nesta quinta-feira (26), em São Paulo - Priscila Ramos/MST

Segundo o MST, apenas no Recife, Mãos Solidárias entregou 1,6 milhão de marmitas desde o início da pandemia em 2020

Rádio Brasil de Fato
Lucas Weber —26 de Outubro de 2023

Nesta quinta-feira (26), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recebeu o prêmio Pacto Contra Fome, entregue pelas Nações Unidas (ONU) por conta da iniciativa Mãos Solidárias, iniciativa de doação de alimentos criada durante a pandemia, em Recife (PE).

A premiação é organizada por duas agências da ONU: para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e para Alimentação e Agricultura (FAO).

Segundo o MST, apenas no Recife, o Mãos Solidárias entregou 1,6 milhão de marmitas nos últimos três anos


Em cerimônia realizada em São Paulo (SP), o prêmio foi entregue a Paulo Mansan, membro da coordenação nacional do MST e um dos idealizadores do Mãos Solidárias.

sábado, 26 de agosto de 2023

MARCA HISTÓRICA —Em festa para 4 mil pessoas, MST celebra 10 anos de escola referência nacional de agroecologia

Sábado, 26 de agosto de 2023

Ato político na festa da Escola Egídio Brunetto reuniu ministro, governador e parlamentares na Bahia - Matheus Alves

Evento também marcou a inauguração de novos espaços na unidade de ensino, que atende 15 assentamentos na região

Afonso Bezerra e Pedro Stropasolas
Brasil de Fato| Prado (BA) | 26 de Agosto de 2023

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) comemorou, neste sábado(26), os dez anos de fundação da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no assentamento Jacy Rocha, no município de Prado, Extremo Sul da Bahia.

A festa também foi marcada pela inauguração de novos espaços na escola, como a criação de áreas administrativas, bloco de alojamentos, refeitório, auditório, salas de aula. Foi ainda inaugurada uma loja com produtos da reforma agrária.

Neuza de Jesus é técnica de agroecologia e se formou na primeira turma da escola, iniciada em 2017. Ela mora no assentamento Irmã Dorothy, na cidade de Eunápolis, na Bahia, e recordou da relevância da formação para vivência dela no campo.

"Eu vim para escola estudar visando que eu poderia me capacitar profissionalmente para poder atuar dentro dos acampamentos e assentamentos. Consequentemente, fazer um trabalho dentro do meu lote e fazer esse trabalho tanto na minha casa como também para os meus vizinhos", explicou.

"A escola foi um divisor de águas na minha vida. A educação sempre vai libertar todo mundo, e com o apoio da escola popular eu consegui me formar, mesmo tendo três filhas, mesmo sendo mãe solo."

Hoje, Neuza integra uma equipe composta por biólogos, agrônomos e técnicos em agropecuária, para orientar as famílias no processo de transição agroecológica no Assentamento Irmã Dorothy.

MST e autoridades políticas inauguram as novas instalações da Escola Popular de Agroecologia Egídio Brunetto / Luara dal Chiavon

Metodologia

A metodologia da Egídio Brunetto tem quatro vertentes centrais: produção, comercialização e os eixos ambiental e social. Em parceria com a Fiocruz, a especialização em Educação do Campo e Agroecologia formou 48 pessoas em sua primeira turma.

Ministro Paulo Teixeira visita casa de assentada atacada pela CPI do MST

Sábado, 26 de agosto de 2023
O que a CPI veio aqui mostrar para nós é motivo de orgulho, disse o ministro durante a visita - Matheus Alves

Salles sugeriu que ela teria privilégios, mas para ministro, incidente deu visibilidade positiva para a reforma agrária

Afonso Bezerra e Pedro Stropasolas
Brasil de Fato | Prado (BA) | | 26 de Agosto de 2023

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, visitou, neste sábado(26), o assentamento Jacy Rocha, na cidade de Prado, na Bahia, onde fica a casa da engenheira agrônoma e assentada, Juliana Lopes, mais conhecida na comunidade como Júlia.

Ela teve a residência invadida pelos membros da CPI do MST, na última quinta-feira (24), em uma tentativa da diligência da comissão de "denunciar" - sem provas ou mesmo indícios - supostas desigualdades entre os assentados, sugerindo que alguns seriam "privilegiados".

Teixeira está na região para participar da festa de inauguração das novas estruturas da escola popular Egídio Brunetto, que completa 10 anos de existência com dois dias de festividades.

O ministro caminhou pelo lote acompanhado da assentada e demais integrantes do MST na região. Ele contestou a narrativa dos deputados federais Luciano Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), de que assentados da Reforma Agrária não podem ter casas de alvenaria


"A CPI quis dar luz ao sucesso deles [de Juliana]" disse o ministro ao Brasil de Fato, que afirmou ainda que a iniciativa de Salles e Zucco teria, involuntariamente, dado visibilidade positiva "à Reforma Agrária".

"Porque o sucesso deles é fruto de um bom programa de Reforma Agrária. E o que a gente quer para todos os agricultores é isso: que eles possam ter uma casa bonita, que os filhos possam se formar como eles se formaram. O que a CPI veio aqui mostrar para nós é motivo de orgulho", explicou.

O ministro também criticou a postura dos deputados na condução da diligência e os critérios adotados durante as visitas aos assentamentos

"Essa CPI precisa dizer se ela quer que as pessoas continuem pobres ou se ela quer retirar as pessoas da pobreza. A Reforma Agrária é para tirar as pessoas da pobreza e da miséria. Mas parece que não é a ideia do relator, que se assusta com uma casa melhor, com um carro melhor. Nós queremos a Reforma Agrária para as pessoas melhorarem de vida", disse Teixeira.

Ministro Paulo Teixeira visita assentamento Jacy Rocha, na Bahia / Matheus Alves

Contexto

A engenheira agrônoma Juliana Lopes não estava em casa quando os deputados chegaram, na última quinta-feira(24). Os parlamentares entraram em seu lote sem autorização.

Juliana e o esposo vivem do cultivo agroecológico do cacau, café e da venda de galinhas caipiras em feiras na cidade de Teixeira de Freitas.

Filha de assentados, Juliana vive no Jacy Rocha desde 2011. Ela estudou dentro do próprio assentamento e se formou engenheira agrônoma pelo Pronera. Toda a renda que ela e o esposo, também engenheiro agrônomo, ganham mensalmente é fruto dos lotes implantados com o conhecimento adquirido pelo curso do Pronera.

"Eu sou a síntese da mudança que a reforma agrária faz na vida das pessoas", pontua.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Salles filma partes das casas de Juliana e até seus cachorros, colocando-a como a "liderança" do assentamento.


"Recebi com muita surpresa essa visita da CPI. Eu não estava em casa e não fui informada. Se tivesse sido informada eu teria recebido. Filmaram a minha casa, tiraram várias fotos. Eu não tenho problema nenhum de mostrar a minha casa, o meu lote. Pelo contrário seria muito importante mostrar como é a minha vida, como é o meu sistema de produção", pontua a agricultora.

Os parlamentares tentaram boicotar a presença dos militantes do MST durante a diligência e tomaram decisões de modo a confundir a logística do movimento para receber o grupo.

Quando se aproximavam da entrada do Jacy Rocha, Salles e Zucco optaram por outra entrada, distante de onde os moradores estavam concentrados. A fuga dos dois parlamentares pegou de surpresa os integrantes do movimento, que aguardavam os membros da CPI para apresentar a Escola Popular de Agroecologia Egídio Brunetto, responsável pela alfabetização de 800 famílias no extremo sul da Bahia e referência na região.

"Minha casa fica no fundo do lote. Eles entraram por uma cancela que fica no início do lote, para construir uma narrativa de criminalização do MST. Invadiram minha casa para propagandear uma narrativa que não é real. Eu tenho roça, eu produzo comida".

Lucinéia Durães, assentada no acampamento Fábio Henrique, também ficou indignada com a conduta dos deputados durante a diligência da CPI do MST. Ela é responsável pela plantação de 10 mil pés de café na região e agora está focada no cultivo de pimenta do reino.

"O Ricardo Salles escolheu aqui no assentamento uma família que há mais de 8 meses não mora mais aqui, tava inclusive com o barraco abandonado. Ele foi lá, mostrou a foto do barraco abandonado e veio aqui mostrar a casa de Juliana para dizer que as lideranças tem casa boa, e o povo não vive bem."

"Esse assentamento tem mais de 50 casas como essa da Juliana", explicou.

"Nós, do Movimento Sem Terra, não temos nenhuma simpatia pela pobreza dos companheiros e das companheiras. Nós fazemos a luta para implementar a Reforma Agrária, porque ela é que garante emprego, renda e, sobretudo, dignidade", concluiu.


Edição: Rodrigo Durão Coelho


terça-feira, 20 de junho de 2023

ANÁLISE —Vozes silenciadas: quem quer calar a luta dos sem-terra?

Terça, 20 de junho de 2023
Todas as reportagens analisadas usaram termos que criminalizam a luta pela terra, como "invasores", "barbárie" e "atos criminosos" - Daniel Violal/MST

Intervozes analisa a cobertura da imprensa sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito criada para perseguir o MST

Eduardo Amorim
Brasil de Fato | Recife (PE) | 19 de Junho de 2023

Desde o último 17 de maio, a história da criminalização da luta pela terra no Brasil ganhou mais um capítulo. Neste dia, foi instalada, na Câmara dos Deputados, uma CPI sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Com tudo que representa o MST e a composição extremamente conservadora do Congresso Nacional, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social decidiu monitorar a cobertura da imprensa sobre o tema.

Nesta nova edição da série Vozes Silenciadas, retomamos o assunto da nossa primeira publicação da série, lançada em 2011 acerca da então Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o MST. Desta vez, acompanhamos a cobertura simultaneamente com o desenrolar dos acontecimentos. Em parceria com o Brasil de Fato, a partir de hoje, vamos publicar artigos semanais para compartilhar este monitoramento.

Nossa análise inclui o acompanhamento da versão online dos impressos O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo; do Jornal Nacional; dos portais R7, do Grupo Record, e Agromais, do Grupo Bandeirantes; e da Agência Brasil, veículo da (tão massacrada no período recente) comunicação pública. Na primeira etapa desta pesquisa que se inicia agora, ainda antes do início da CPI de 2023, vimos nos dias 17 e 18 de abril que 100% das matérias utilizam termos que criminalizam o MST: "invasores", "barbárie", "atos criminosos", "invadiu propriedades", "invasão de terras", "crime", "MST invade fazendas", "a invasão traz prejuízos", "a invasão já está prejudicando", "invasões em abril". As matérias causam as seguintes impressões em relação ao Movimento: 86,4% negativa; 9,1% equilibrada; 0% positiva e, em 4,5%, não houve posicionamentos mais explícitos que nos permitissem identificar.


Nas matérias analisadas, 66% das fontes ouvidas são contrárias ao movimento, enquanto 34% fazem um contraponto. Em 24% das matérias, apenas ataques ao MST foram publicados. Em mais da metade da cobertura (52%), é produzido um discurso em prol da propriedade privada. Enquanto isso, apenas 4,5% contextualizam a reforma agrária; somente 29% discutem temas como grilagem de terras, agrotóxicos e crimes ambientais e apenas 18% das matérias abordam a agricultura familiar e cuidados com o meio ambiente.

sábado, 27 de maio de 2023

VIOLÊNCIA —Grileiros invadem assentamento do MST regularizado pelo Incra em Mato Grosso

Sábado, 27 de maio de 2023

Área do assentamento 12 de outubro, que fica no município de Cláudia/MT - Fellipe Abreu/O Joio e o Trigo

Área social e reserva ambiental do assentamento 12 de Outubro, na cidade de Cláudia, estão sob ação de bandidos

Redação
Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) | 26 de Maio de 2023

Famílias que vivem no assentamento 12 de Outubro, em Cláudia (MT), estão sob ameaça devido à invasão da área social e de reserva do local por grileiros. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denuncia que bandidos atuam há meses, de maneira coordenada, para invadir o local, que é certificado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

As invasões começaram pela área de reserva ambiental, que por anos foi preservada coletivamente pelas famílias que vivem no assentamento, localizado na região Amazônica do norte do Mato Grosso. Nos últimos meses, as agressões se intensificaram, com a tentativa de invasão da área social, onde os cooperados desenvolvem suas atividades e projetos que garantem renda para as famílias assentadas.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Bolsonaro cortou recursos, mas não conseguiu travar projeto de educação popular do MST no RS

Sexta, 23 de dezembro de 2022
O Pronera já formou mais de 200 mil pessoas e, no momento, possui 15 cursos em andamento no país — Foto: Maurem Silva

Sem recursos para a formação dos filhos de agricultores, emendas parlamentares garantiram a continuidade do Pronera

Ayrton Centeno
Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) | 23 de Dezembro de 2022

Apesar do corte de recursos durante os quatro anos do governo Bolsonaro, o projeto de educação popular do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não parou no Rio Grande do Sul.

“Hoje, aqui no estado, temos seis turmas de Pronera”, diz Salete Campigotto, do Instituto Educar, de Pontão/RS. Em 2022, 50 estudantes de 14 estados do Brasil se formaram no curso de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Sul do estado. Foi a terceira turma de filhos de camponeses a receber seu diploma através do mesmo convênio.

Criado em 1998 como resultado das reivindicações dos movimentos populares do campo, o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) já realizou 500 cursos no país, em parceria com 94 escolas e universidades, atendendo desde a Educação de Jovens e Adultos (EJA) até programas de pós-graduação.

quinta-feira, 30 de junho de 2022

EDUCAÇÃO NO CAMPO —Cinquenta sem-terra se formam em Medicina Veterinária no RS nesta sexta (2/6)

Quinta, 30 de junho de 2022

A terceira turma especial de Medicina Veterinária se chama Kênia Ferreira, em homenagem a uma educanda da segunda turma especial que faleceu - Foto: Divulgação MST


Essa é a terceira turma especial ofertada pelo Programa Pronera, resultado da luta do MST

Maiara Rauber
Brasil de Fato | Porto Alegre | 30 de Junho de 2022

Filhos de acampados e assentados ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se formam nesta sexta-feira (1) como médicos veterinários. São 50 sem-terra que vão conquistar o diploma de conclusão de curso da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), via Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), no Rio Grande do Sul.

domingo, 17 de abril de 2022

Massacre de Eldorado dos Carajás deixa legado de luta por reforma agrária, diz dirigente do MST

Domingo, 17 de abril de 2022

A dirigente nacional do MST Kelli Mafort - Leandro Taques | MST

Kelli Mafort lembra repercussão do caso e defende solidariedade no campo: "Especular com comida é especular com a vida"

Murilo Pajolla e Pedro Stropasolas
Brasil de Fato | Lábrea (AM) | 17 de Abril de 2022

O massacre de Eldorado dos Carajás é um marco na história do país e reverbera há 26 anos no cotidiano de quem luta pelo direito à terra.

O luto pelas 21 pessoas assassinadas reforça a convicção de que a reforma agrária popular não só é algo possível, como indispensável para garantir um futuro digno às populações do campo e da cidade.

Com a esperança no horizonte, Kelli Mafort, da coordenação nacional do MST, falou das repercussões do massacre ao Brasil de Fato, na entrevista disponível na íntegra a seguir. Ela relembrou a reação de artistas e intelectuais e a resposta política que o governo de Fernando Henrique Cardoso foi forçado a oferecer.

Assista a entrevista com a dirigente do MST:


"Infelizmente a reforma agrária do tipo clássica, essa que é feita em outros países como parte do desenvolvimento capitalista, nós nunca conhecemos aqui no Brasil. Tudo que a gente conquistou em termos de reforma agrária foi com muita luta. 90% dos assentamentos existentes são resultados de ocupação de terra", avalia.

Mesmo expostos à violência estatal que protege o agronegócio, os sem terra nunca recuaram. Pelo contrário, evoluíram no sentido de introduzir a agroecologia como pilar fundamental da reforma agrária, bandeira histórica do MST. Para isso, como lembrou Mafort, é preciso que o povo tenha terra para plantar.

“Nós entendemos que a agroecologia depende de uma base territorial. É preciso preservar os territórios camponeses, indígenas, quilombolas e de toda a agricultura camponesa. Mas, além disso, é preciso conquistar mais territórios”, considerou a dirigente.

Para Mafort, a necessidade de expandir a produção agrária popular, sem agrotóxicos e sem exploração humana, ficou comprovada durante a pandemia no Brasil. O agronegócio, que produz commodities e não alimentos, lucrou como nunca, às custas de uma população que não tinha dinheiro para comer.

“O agronegócio controla um alimento que ele não produz e, se valendo da desvalorização cambial, prefere colocar esse alimento para fora do país, receber em dólar, e deixar no país uma situação de inflação dos alimentos completamente absurda. Especular com a comida é especular com a vida das pessoas”, diz Mafort.

Brasil de Fato: Em termos de luta popular no campo, quais foram os desdobramentos do massacre?

Kelli Mafort: Esse massacre causou muita repercussão em nível nacional mas também internacional. Foram muitos protestos em todo o país. E no ano seguinte nós realizamos a Marcha Nacional pela Reforma Agrária, Emprego e Justiça, que saiu de três pontos do Brasil e caminhou por dois meses até Brasília. Essas três colunas da marcha chegaram à capital no dia 17 de abril, exatamente um ano após o massacre dos Carajás.

Também foi bastante importante que, junto com essa marcha, nós tivemos uma grande ação política e cultural por parte de Chico Buarque, com o CD Terra. José Saramago, também, que fez o prefácio do livro Terra, um livro fotográfico de Sebastião Salgado que retrata as imagens terríveis do massacre. Então, essa ação cultural e a exposição das fotos foram simultaneamente lançadas em mais de 15 países do mundo e percorreram praticamente todas as universidades públicas brasileiras fazendo a divulgação do tema da reforma agrária.

sábado, 7 de março de 2020

Projeto coletivo: quem são e por que lutam as mulheres sem-terra?

Sábado, 7 de março de 2020
Do
Brasil de Fato

Participantes do 1º Encontro de Mulheres do MST compartilham histórias de acesso à educação e autonomia econômica

Vanessa Nicolav
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 06 de março de 2020

Josiana Silva, filha de assentada, é produtora de cacau e vive no assentamento 14 de Agosto do MST, em Rondônia - Vanessa Nicolav

“A gente não tinha casa, não tinha terra, trabalhava na casa dos outros, era de fazenda em fazenda. Meu marido trabalhava uma diária para pagar o leite dos meus filhos. Hoje vivo do meu sustento, da minha terra. Tenho um plantio de cacau, banana, arroz, feijão, milho, porco. Participar do movimento mudou totalmente as nossas vidas”. 

A mudança na vida de Maria Edvalda Pereira, 57, começou depois que ela e o marido conheceram o assentamento do MST em Eldorado dos Carajás, no estado do Pará. A agricultora que já foi empregada doméstica, hoje participa como uma das expositoras da Mostra de Produtos da Reforma Agrária que acontece no Parque da Cidade, em Brasília, durante o 1º Encontro Nacional do Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores Sem Terra (MST).

Os produtos que estão a venda em sua barraca são todos resultado da luta conquista da terra que ela e o marido participaram durante anos. Mas, para a agricultora, as transformações não foram só no campo econômico. “Com o movimento eu voltei a estudar, hoje eu terminei, fiz uma faculdade. Eu participo dos grupos de mulheres, a gente viaja, debate, conhece outras pessoas. Então hoje eu tenho outra visão, eu era só em casa. Acho que foi um privilégio”.

domingo, 1 de setembro de 2019

Conheça os produtores de alimentos sem veneno da 18ª Jornada da Agroecologia

Domingo, 1º de setembro de 2019

A Feira da Agrobiodiversidade Camponesa e Popular é parte da programação do evento e reúne 80 produtores


Lu Sudré*
Brasil de Fato | Curitiba (PR)
MST é um dos protagonistas da feira, comercializando produtos produzidos em seus acampamentos e assentamentos / Foto: Giorgia Prates

A Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, se tornou palco de uma grande feira de alimentos produzidos sem veneno em diversas regiões do país. A feira da Agrobiodiversidade Camponesa e Popular faz parte da 18ª Jornada de Agroecologia, que teve início no dia 29 de agosto e vai até o próximo domingo, 1º de setembro.

O evento reúne mais de 80 produtores que trouxeram à capital do Paraná uma produção diversificada de hortaliças, verduras, frutas e produtos agroindustrializados.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Trabalhadores rurais são atacados por jagunços no norte de Minas Gerais, afirma MST

Sexta, 9 de março de 2018
Em nota, o MST manifesta seu pesar e indignação com a situação e exige agilidade do poder público para resolução do caso.

Da Página do MST 
Nesta quinta-feira (08),  trabalhadores e trabalhadoras rurais do Município de Capitão Enéias, Norte de Minas foram atacados por jagunços, quase promvoendo mais um massacre no campo. 

Em nota, o MST manifesta seu pesar e indignação com a situação e exige agilidade do poder público para resolução do caso. 
“Temos certeza que o extremo à que chegou a situação é a expressão da falta de uma política efetiva para o campo, que atenda a demanda das famílias pobres que buscam na Reforma Agrária um caminho melhor para suas vidas”, ressalta o Movimento em trecho da nota.