Domingo, 15 de janeiro de 2017
HRG — http://photos.wikimapia.org/
Vergonha!!!!!
Depois de fechar no ano passado o Pronto Atendimento Infantil (PAI) e também a Pediatria do Hospital Regional do Gama (HRG), o governo Rollemberg deve logo logo fechar a Obstetrícia.
O HRG, que já foi referência em vários tipos de atendimento e, inclusive, teve o título de Hospital Amigo da Criança, está sendo sucateado pelo atual governo. Não que outros que passaram pelo Buriti tenham dedicado a atenção que o HRG (e a população) merece e precisa. Mas o atual está exagerando na incompetência, na má administração, no caos.
A intenção de fechar mais um setor do HRG está, para muita gente, de uma clareza cristalina. É uma estratégia de criar o caos para depois justificar a entrega de serviços às famigeradas OSs (Organizações Sociais) ou a outro tipo de privatização da saúde? Ou será pura e absoluta incompetência administrativa do governo de Brasília?
Se não for a primeira alternativa (a das OSs), será a segunda, a da absoluta incompetência em administrar o hospital, o sistema de saúde público. Por outro lado, se não estiver ocorrendo a total incompetência seria, então, a primeira alternativa apontada, isto é, sucatear para entregar às OSs ou PPPs (Parcerias Públicas com Picaretas é, normalmente, o melhor significado para PPPs)
Na imagem abaixo temos a convocação de uma reunião no HRG, prevista para o próximo dia 24. Pauta real? O fechamento da Obstetrícia do Hospital Regional do Gama, que atende uma cidade com mais de 150 mil moradores, além, claro, de populações do Recanto das Emas, Riacho Fundo, e áreas de Goiás. E de Santa Maria também.
Clique na imagem para melhor visualizá-la.
A pauta oficial da reunião do dia 24 no HRG é: "Crise na Assistência Materno-Infantil na Região Sul". A Superintendência da Região de Saúde Sul abrange o Gama e Santa Maria.
Vejamos, então, a que ponto quer chegar o governo Rollemberg —isso, repita-se, depois de em 2016 fechar o Pronto Atendimento Infantil e a Pediatria— no que diz respeito ao setor de Obstetrícia do HRG. Antes de vermos isto, porém, citamos os atores que, pela convocação, devem participar da reunião: O superintendente da Região Sul (uma espécie de secretário da Saúde para aquela área), a Direção do HRG, a Coordenação da Neonatalogia da Região Sul (HRG e HRSM —Hospital Regional de Santa Maria), Coordenação de Enfermagem; Chefias da Neonatologia, da Ginecologia e da Enfermagem; representante do Conselho Regional de Saúde do Gama. Devem participar ainda os neonatologistas; obstetras; enfermeiras e técnicos de enfermagem.
Voltemos ao X da questão da reunião do próximo dia 24 de janeiro, lembrando, contudo, que o atual governador de Brasília já ultrapassou os dois primeiros anos de seu mandato. E que por isto já deveria há muito tempo ter tomado as providências para que sequer existisse a pauta da reunião aqui tratada.
A 'sintonia fina' que não há entre o governo de Brasília e a saúde pública
A 'sintonia fina' que não há entre o governo de Brasília e a saúde pública
Chamou-se de ‘perspectivas’ —como se pode ver na imagem— aos pontos de pauta.
E no item I o que será tratado? Fechamento da Obstetrícia/HRG com transferência das equipes para o HRSM; ou
II. Criar condições objetivas para sintonia fina de entendimento e cooperação Obstetra/Neo/ Enfermagem para fluidez do trabalho; até
III. Contratação de novos Neonatologistas com possibilidade de escala mínima de 2 Neo/HRG e 2 Neo/HRSM (prazos e possibilidades).
Não precisa nem analisar o histórico, e o desprezo, do governo Rollemberg quanto às dificuldades, as carências, a penúria, enfrentadas pelo HRG, para se chegar a afirmar que a intenção do governo Rollemberg é —depois de já fechado o PAI (Pronto Atendimento Infantil) e a Pediatria do hospital— lacrar também a unidade de Obstetrícia do HRG.
Depois...seja o que Deus quiser. Melhor (ou pior?), o que as OSs quiserem.
Isto se o povo do Gama não se levantar contra a estupidez com que o GDF trata o HRG.
P.S.: Um outro tipo de problema que se aponta, é o relacionado às escalas de serviço. Em determinados dias há muitos profissionais em atividade. Em outros, carência absoluta. Pacientes sem atendimento.
Isto se o povo do Gama não se levantar contra a estupidez com que o GDF trata o HRG.
P.S.: Um outro tipo de problema que se aponta, é o relacionado às escalas de serviço. Em determinados dias há muitos profissionais em atividade. Em outros, carência absoluta. Pacientes sem atendimento.