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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

CPT pede providências contra violência no Pará

Segunda, 14 de fevereiro de 2011

Da Agência Pulsar Brasil
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou nota pública pedindo às autoridades brasileiras que tomem providências para conter o crescimento da violência e do desmatamento em Anapu, no Pará. Foi no local que Dorothy Stang foi assassinada.


Em nota, a CPT lembrou da morte da missionária. Em 12 de fevereiro de 2005, Dorothy foi assassinada com seis tiros, aos 73 anos, em uma estrada próxima a Anapu. Nascida nos Estados Unidos, naturalizou-se brasileira e prestava serviço à pastoral.

Após seis anos, a realidade na região ainda é de violência. De acordo com a CPT, a situação tem se agravado em Anapu e em outras regiões da Amazônia. Em 2010, ocorreram 18 mortes de trabalhadores no campo somente no Pará.

Em janeiro deste ano, os assentados do local em que Dorothy Stang foi morta bloquearam as estradas que davam acesso à área. O objetivo da ação foi  impedir a continuidade da retirada ilegal de madeira e chamar atenção das autoridades para a  falta de fiscalização e controle por parte dos órgãos públicos.

Após os protestos, uma audiência pública foi realizada e, segundo a CPT, a promessa de atender às reivindicações dos assentados amenizou os ânimos.

No entanto, a organização acusa madeireiras locais de cooptarem sindicatos de trabalhadores e famílias que vivem no assentamento, provocando ainda mais conflitos entre os assentados.

O clima no Pará, de acordo com a CPT, também é acirrado pelo estímulo governamental ao agronegócio, à mineração e ao hidronegócio na região. E ressalta que comunidades indígenas e camponesas da Amazônia não têm sido consideradas.

Como exemplo, a organização cita a chegada de projetos de infraestrutura como a Usina de Belo Monte. Caso saia do papel, a hidrelétrica deve atingir 40 mil habitantes, além de impactar o meio ambiente. (pulsar/agenciabrasil)
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