Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 12 de março de 2011

Deixem Durval Barbosa dedurar até o último nome

Sábado, 12 de março de 2011
Estranha, muita estranha, a campanha que algumas figuras deflagraram para que seja suspensa a delação premiada oferecida ao delator Durval Barbosa, o da roubalheira, do mensalão, que atingiu e desmoralizou o Distrito Federal. Não há máfia que seja desbaratada se não houver um "arrependido", um delator.

Por quê a campanha para calar Durval? Medo de que dispare ladeira a baixo o rolo compressor pilotado pelo delator, ex-auxiliar de Joaquim Roriz e ex-secretario de Estado de José Roberto Arruda, e que pode atropelar, matar politicamente, figuras locais e nacionais?

Quem se der ao trabalho de pesquisar no Google, o dedo-duro virtual, descobrirá que ainda há muita gente importante (não disse boa) que foi citada por Durval Barbosa. É só colocar no campo da pesquisa do Google o nome de Durval Barbosa e também de algumas figuronas da política local e nacional. Aqui e ali, vai se encontrar denúncias feitas por Durval Barbosa contra gente que hoje ocupa cargos importantíssimos no DF e, também, contra políticos que exercem liderança em partidos da situação e da oposição em nível federal. Se os fatos denunciados são verdadeiros é outra história, mas que há denúncias gravíssimas, há.

É por isso que talvez (ou certamente?) está surgindo essa onda toda contra a concessão da delação premiada a Durval. Perdendo o benefício, o delator se calaria, salvando a reputação de muitos. Chegam a usar na campanha que o benefício deve ser suspenso em razão de Durval não abrir logo todo o jogo. Ora, ingênuo é quem pensa que ele já não entregou todo mundo. Nos seus depoimentos, parece, já entregou praticamente os figurões. Tremem os que ainda não saíram nos vídeos vazados para a imprensa. Querem, mais parece, o silêncio do arrecadador e distribuidor de propinas.