Sábado, 12 de março de 2011
Deu na Veja
Novos vídeos comprometem o governador Agnelo Queiroz, o ex-governador Roriz e uma advogada que fazia lobby no Planalto
Novos vídeos comprometem o governador Agnelo Queiroz, o ex-governador Roriz e uma advogada que fazia lobby no Planalto
Rodrigo Rangel e Gustavo Ribeiro
SURPRESAS
O delegado Durval Barbosa, que fez acordo de delação premiada, diz que muita coisa ainda está por vir: “Entreguei às autoridades muito mais do que apareceu até agora”
Os juristas discordam sobre os benefícios da delação premiada como método de combate ao crime organizado. Em Brasília, porém, restam poucas dúvidas sobre sua eficácia. Durante quase duas décadas, a cidade esteve sob controle de uma máfia que desviou mais de 4 bilhões de reais dos cofres públicos. Desde que o ex-delegado Durval Barbosa resolveu contar às autoridades o que sabia e, principalmente, entregar algumas das relíquias que guardava, a organização criminosa começou a ruir — e figurões da política foram sendo fulminados um a um. Um governador foi preso e cassado e parlamentares perderam o mandato. Na semana passada, a deputada federal Jaqueline Roriz, filha do ex-governador Joaquim Roriz, apareceu em uma gravação de vídeo recebendo dinheiro ilegal, o que a transforma na primeira candidata a perder o mandato na atual legislatura. Vem mais por aí. Em entrevista a VEJA, na última quinta-feira, Durval Barbosa disse: “Entreguei às autoridades muito mais do que apareceu até agora. A sociedade tomará conhecimento de tudo em breve”.
O delator do escândalo que ficou conhecido como “mensalão do DEM” ameaça tragar outras figuras importantes do cenário político nacional. Ele disse a amigos ter um vídeo capaz de causar sérios embaraços ao recém-empossado governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz — eleito na esteira do escândalo que, graças às revelações do delegado, derrubou José Roberto Arruda em 2010.
Leia a íntegra da reportagem “De caso com a máfia”