Domingo, 11 de março de 2012
Do Blog do Washington Dourado
Hoje o GDF bancou em todos os jornais uma grande nota (clique aqui e leia a nota)
sobre a greve dos professores. No texto o Governo faz afirmações
inverídicas sobre o que foi feito pela Educação no DF. Os argumentos
Oficiais não resistem a uma análise superficial à luz da realidade.
Vejamos:
1 – O GDF afirma que concedeu reajuste de 13%83%, o maior do país em 2011.
INVERDADE! Na verdade os professores, depois de muita pressão, conquistaram o reajuste dividido em 3 parcelas, que em 2011 chegou a 11%, ficando o restante para 2012. Mas esse acordo só foi aceito porque o Governo assinou um documento que até setembro do ano passado entregaria a reestruturação do plano de carreira da categoria, que entraria em vigência a partir do início deste ano. Agora o Governo Agnelo anunciou o calote, rompeu o acordo e afirma que não tem mais reajuste em 2012.
A categoria também refuta a afirmação
de que tivemos o reajuste “maior do país em 2011. Na verdade quem teve o
maior reajuste do país foi o primeiro escalão do GDF e seus cargos
comissionados, com até 115% de ganho salarial.
2 – O GDF afirma que contratou 400 professores efetivos.
INVERDADE! Na verdade nomeou somente 324 professores efetivos e hoje a verdade é que a Rede Pública precisa de mais de 3000 professores para normalizar todas as atividades pedagógicas.
3 – O GDF afirma que está implantando a Gestão Democrática nas escolas.
INVERDADE! Até agora a única coisa que fez foi aprovar a Lei, mesmo assim depois de muita pressão do sindicato. De lá para cá praticamente nada foi feito para implantar a verdadeira gestão democrática nas escolas.
4 – O GDF afirma que aumentou em 55% o valor do auxílio alimentação.
MEIA VERDADE! Mas isso foi para todos os servidores do GDF e o fim a contra partida foi no Governo anterior.
5 – O GDF afirma que REFORMOU 300 escolas, quase a metade de toda a rede pública.
INVERDADE! Na verdade fez pequenas pinturas, capina e reparos, sem “reforma” estrutural. Enquanto isso tem muitas escolas “caindo aos pedaços” sem nenhuma previsão de uma verdadeira reforma.
6 – O GDF afirma que aprovou pagamento dos professores contratados temporariamente nos moldes dos professores efetivos.
MEIA VERDADE: O valor da hora-aula realmente foi reajustado, mas a forma de pagamento continuou sendo por hora, com contrato precarizado, da mesma forma do Governo anterior.
7 – No último item da nota o GDF fala sobre a oferta de cursos de formação.
FALTA ACONTECER: A verdade é que a proposta de formação do GDF aos professores é até boa, só falta começar na prática.
Diante de todas estas inverdade ou verdades incompletas, falta ao Governo admitir a verdadeira verdade:
A VERDADE é que o Governador descumpriu a proposta feita à categoria ainda durante a eleição;
A VERDADE é que o GDF quebrou o acordo assinado com a categoria no ano de 2011;
A VERDADE é que o GDF tem 285 milhões do Fundo Constitucional que pode ser remanejado para reajuste na Educação, mas que o Governo prefere não fazê-lo, tudo porque na avaliação dos Governistas, ao conceder reajuste aos professores terá que fazer acordos com as outras categorias;
A VERDADE é que o GDF tem 189 milhões para gastar com publicidade neste ano;
A VERDADE é que o GDF não prioriza Educação;
A VERDADE é que nas escolas faltam professores, merenda de qualidade, melhoria na infraestrutura, sistema de informática, materiais pedagógicos;
A VERDADE é que até agora a categoria não conhece nem mesmo qual será o projeto pedagógico do Governo atual.
O FATO é que a categoria dos professores tem história de luta, de coragem, de determinação e nós vamos vencer a intransigência de um Governo que até agora não foi capaz de estabelecer uma relação com quem sempre acreditou na mudança em relação aos Governos anteriores.
Atenciosamente
Washington Dourado – Diretor do Sinpro
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Do Gama Livre: Pegando o gancho da postagem do professor Washington Dourado, dá para inferir que o governador Agnelo Queiroz não se diferencia em nada de Roriz. Quebra acordos, distorce a verdade, massacra os professores, abandona a educação, além de gastar muito em propaganda (os jornais e TVs agradecem) para combater os movimentos reivindicatórios dos trabalhadores.